Publicado por Aline Fernandes em 12/08/2019Número de empreendimentos sem vaga de garagem cresce 30%  na cidade de São Paulo
Proximidade a serviços de transporte público e comportamento do consumidor impulsionam projetos de empreendimentos sem vagas de garagemCréditos: Shutterstock

Número de empreendimentos sem vaga de garagem cresce 30% na cidade de São Paulo

Pesquisa do Secovi-SP aponta que 4 entre 10 lançamentos não possuem vaga de estacionamento; Zonas leste e sul se destacam

Uma recente pesquisa do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) aponta que, entre as 37.124 unidades lançadas em 2018, 15.192 eram sem vaga de garagem, o que configura 4 entre 10 novos apartamentos na capital paulistana (40,9%). Em comparação com 2017, quando o número de empreendimentos sem vaga foi de 11.692, o aumento deste tipo de oferta cresceu quase 30% de um ano para outro.

A zona central, que concentra mais opções de serviço de transporte público, foi a única região onde a quantidade de unidades sem estacionamento superou os lançamentos para quem tem carro. Ao mesmo tempo, o índice de unidades dentro deste mesmo perfil inauguradas em regiões mais afastadas da cidade de São Paulo também chama a atenção. Neste período, as zonas leste e sul receberam, respectivamente, 4.780 e 4.348 apartamentos sem vaga de garagem.

Além da mudança do comportamento dos consumidores, esses dados acompanham as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE), detalhadas pela Lei de Zoneamento em 2016, que estabeleceram o máximo de uma vaga de garagem por apartamento em prédios localizados no entorno de corredores de ônibus e estações de metrô.

Esse é o caso dos Elev, dois empreendimentos situados a distância máxima de 300 metros das estações de metrô e CPTM do Brás e da Vila Prudente, no centro e na zona leste de São Paulo, respectivamente, previstos para serem entregues entre fevereiro e outubro de 2021. “Somando os dois empreendimentos estamos falando de aproximadamente 950 unidades, cujos futuros moradores estarão muito próximos do centro utilizando as linhas de metrô e ônibus”, explica Everson Siegel, engenheiro da Gerência de Obras da Trisul, construtora responsável pelos projetos. “Para quem precisa se deslocar todos os dias para outras regiões de tráfego intenso, é muito atrativo”.

 

O caso dos ELEV

A unidade do Elev no Brás contará com vagas de moto e um bicicletário que atenderá a todos os condôminos, diversificando ainda mais os meios de transporte. No caso do Elev Vila Prudente, os clientes poderão optar por um apartamento com uma vaga de carro ou sem nenhum tipo de estacionamento.

Segundo Everson, a ausência ou limitação de vagas de carro foi uma estratégia de desenvolvimento do produto desde o início, prevista de modo a otimizar e alcançar o máximo de área construída. “Com a área que seria destinada para automóveis conseguimos edificar, convertendo em mais unidades e ambientes para lazer dos condôminos”, afirma.

A questão da mobilidade foi determinante, mas no momento de viabilidade do projeto outros fatores também foram levados em consideração. “Pensando do ponto de vista da proximidade de meios de transporte, a Trisul saiu na frente, pois quando falamos em residências de cunho social logo se pensa em bairros mais afastados. Porém, através da otimização de processos construtivos mais industrializados que refletem diretamente em custo de construção, conseguimos viabilizar terrenos mais competitivos, como os que onde estão situados os Elev”, conta o engenheiro.

 

Perfil socioeconômico 

Todas essas estratégias para baratear o custo e tornar os empreendimentos mais acessíveis também serviram para enquadrar os Elev nas regras de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida. As vagas de automóveis restritas ainda se alinharam, neste sentido, com o perfil de consumo que interessava para os responsáveis pelo projeto. “No caso dos Elev, é um fator atraente ao público alvo do segmento econômico, que muitas vezes já utiliza estes modais (ônibus/metrô)”.

De acordo com Everson, a proposta está tendo um grande retorno por parte dos clientes. “Os dois empreendimentos são sucesso de vendas em um espaço curto de tempo”, comemora o engenheiro, que informou que um dos prédios vendeu cerca de 40% das unidades apenas na abertura do decorado. “A aceitação está sendo ótima”, complementa.

 

Ainda tem dúvidas sobre o Plano Diretor Estratégico (PDE) da  cidade de São Paulo? Então acesse:

https://www.mapadaobra.com.br/negocios/plano-diretor-estrategico-cidade-planejada/

 

 

 

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