Publicado em 05/11/2013Pequenas empresas lideram licitações públicas

Pequenas empresas lideram licitações públicas

Pequenos empresários vencem obstáculo das licitações para grandes obras pelo Brasil

De olho em megaeventos esportivos dos quais o Brasil foi e será sede – Copa das Confederações de 2013, Mundial de Futebol de 2014 e Olimpíadas de 2016, pequenos empresários aprendem a golear nas licitações públicas, para concluir grandes negócios. A reconstrução do Estádio Arena Fonte Nova, em Salvador, capital baiana, gerou oportunidades de negócios para cinco microempresas. A Engpiso, do engenheiro Raymundo Wilson da Silva Dórea, faturou com a produção de pisos para o estádio e estacionamentos.

“Agregamos também ao nosso portfólio de negócios a Arena Pernambuco. Este ano iniciamos obras na Arena Sauípe”, enumera. A Engpiso preparou, em 2007, planejamento estratégico e, já em 2009, tinha um projeto pronto para o Mundial. Saiu então à procura do apoio de clientes – porque nessa época se formavam os consórcios participantes das licitações. Só a Arena Fonte Nova rendeu cerca de R$ 560 mil à microempresa. A colocação do piso na Arena Sauípe gerou lucros da ordem de R$ 200 mil.

Um dos pontos fortes do projeto da Engpiso para as grandes obras foi sua técnica inovadora em concreto, que envolve o uso de fibra sintética estrutural e fibras de vidro na mistura. “Barateou em 20% os custos totais e reduziu o tempo de trabalho, o que nos tem dado competitividade para atuar no mercado de construção de estádios em nível mundial”, revela Dórea.

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O gerente de acesso a mercados e serviços financeiros do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Alvim, explica que empresas de pequeno porte conseguem se tornar, via subcontratação, fornecedores de produtos e serviços aos consórcios vencedores nas licitações públicas, tanto para arenas esportivas quanto em projetos de mobilidade urbana.

“Temos apoiado intensamente esses empreendedores por meio do Programa Sebrae 2014. Um levantamento nosso aponta que o Mundial pode gerar 929 tipos de oportunidades de negócios nas 12 cidades-sede, em todas as regiões do Brasil. Nosso foco tem sido preparar empresários para essas perspectivas”, conta.

O levantamento, batizado Mapa de Oportunidades para Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, analisa nove setores da economia: agronegócio, comércio varejista, construção civil, madeira e móveis, produção associada ao turismo (artesanato, economia criativa, gastronomia, entretenimento), moda (têxtil e confecções), serviços, tecnologia da informação e comunicação (TIC) e turismo. “Esses microempresários conseguem prestar serviços especializados, com padrão de qualidade e, muitas vezes, certificações. O importante é que tenham como atender às condições das grandes contratantes.”

A qualidade  e a aplicação correta do concreto influenciam diretamente o desempenho e a segurança de quadras poliesportivas. Botão Site

 

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