Publicado por Carla Rocha em 21/05/2020Como economizar recursos no canteiro de obras
É importante estabelecer regras e conscientizar todos os trabalhadores da obra sobre economia.Créditos: Shutterstock

Como economizar recursos no canteiro de obras

O grande desafio do setor é criar formas de minimizar os impactos causados

Economizar recursos no canteiro de obras é um dos principais desafios das construtoras e também dos profissionais da obra. Para orientar seus clientes nesse processo tão difícil, é fundamental compreender suas dores. Um dos principais fatores que auxilia na hora de economizar recursos em canteiro de obras é efetuar um estudo de mercado assertivo e também realizar um orçamento de obras considerando aspectos diversos, como o local onde será realizada a construção; conferir se a quantidade de material é suficiente para suprir as demandas do empreendimento em questão, cumprir os prazos pré-determinados em projeto, observar os custos diretos e indiretos, além de estar sempre atento ao cronograma de entrega.

Quando os custos com a obra ultrapassam o orçamento previsto pode gerar um grande problema, pois quanto maiores eles forem do que o projetado antes da execução, maior será a necessidade das incorporadoras adequarem os recursos financeiros da empresa o que, por muitas vezes, acaba sacrificando as margens de lucro previamente estabelecidas para a viabilidade econômica do empreendimento.

De acordo com Thiago Pissetti, diretor de engenharia da Swell, uma das maneiras de otimizar a execução de uma obra e, consequentemente, economizar recursos, é utilizar a tecnologia BIM, que já é usada integralmente nos projetos da companhia há mais de três anos e garante muito mais possibilidades e um controle maior do que está sendo realizado. “Isso deve ser feito em conjunto com toda a equipe para que se possa colher os frutos e agregar valor para empresas”, ressalta.

 

Veja como economizar recursos em canteiro de obras

Atualmente, a sustentabilidade tem se tornado um tema imprescindível para qualquer empresa, mas o setor da construção civil que conta com empresas que são grandes geradoras de entulhos e resíduos gerados nos canteiros de obras, além de demais atividades relacionadas à extração de matéria-prima, acaba desafiando o setor ao trabalhar para criar formas de minimizar os impactos causados pelas construções. Uma dessas opções é economizar os recursos no canteiro de obras.

Confira medidas que devem auxiliar nesta economia:

 

– Utilizar a tecnologia BIM desde o projeto;

– Ter um controle financeiro assertivo;

– Realizar o estudo de viabilidade econômica;

– Aplicar a logística reversa em canteiro de obras;

– Ter o controle e fazer a destinação correta de resíduos nos canteiros;

– Seguir corretamente as orientações do Guia de Pegada Hídrica;

– Seguir os preceitos de sustentabilidade em obras e certificações LEED, AQUA etc.

 

De acordo com Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira, professora e coordenadora do curso de Engenharia Civil, outro ponto importante é a adoção de novas tecnologias que fornece ao engenheiro(a) de obra informações de forma imediata. Além disso, a tecnologia permite compilar os dados para análise futuras de forma informatizada e sistemática. “Esses levantamentos subsidiam também os dados para efeito de cronograma físico – financeiro da obra, o qual também pode ser alimentado de forma imediata partindo-se dos exemplos acima e, por conseguinte, informando aos demais envolvidos para efeito de gestão efetiva e geral da obra”, ressalta.

Logística reversa e sustentabilidade em obras

A logística reversa está ganhando cada vez mais destaque e vem sendo utilizada em diversos segmentos da indústria, além de se mostrar uma solução altamente viável para o setor da construção civil e se tornar um grande diferencial competitivo para as empresas, gerando retorno financeiro positivo.

Outro ponto é que essa iniciativa é muito favorável para empresas do segmento construtivo que desejam aplicar processos mais sustentáveis no dia a dia das construções, agregando também no argumento de vendas, já que a sustentabilidade em obras está sendo cada dia mais valorizada na hora de escolher um imóvel para compra.

Para a docente, a principal dificuldade em adotar novas práticas de sustentabilidade com o objetivo de economizar recursos não é apenas quanto à postura da mão de obra que atua diretamente no campo em “aceitar” a necessidade de desapegar de costumes e métodos antigos, mas também dos próprios líderes de setor e das construtoras em incorporar de forma efetiva as inovações (sejam elas informatizadas ou não) no seu dia a dia e como ferramentas eficazes de gestão.

 

Quer saber mais sobre o Guia de Pegada Hídrica em edificações? Acesse:

https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/pegada-hidrica/

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