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Publicado por Carla Rocha em 19/03/2020SindusCon-SP lança Guia de Pegada Hídrica em Edificações
Guia lançado pelo SindusCon-SP pretende trazer mais conscientização na utilização da água em empreendimentos.Créditos: Shutterstock

SindusCon-SP lança Guia de Pegada Hídrica em Edificações

O projeto foi realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a CEF

uso eficiente da água na construção civil permeia há anos os debates no SindusCon-SP, tanto em seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp) quanto no Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ). Entendendo a relevância do tema para o futuro da construção civil, o sindicato lançou recentemente, em dezembro de 2019, o Guia Metodológico para Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações, com a participação de empresas de engenharia renomadas no mercado.

O projeto é uma realização do SindusCon-SP com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Caixa Econômica Federal (CEF), tendo como consultora técnica a empresa Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente, além de cinco grandes empresas de engenharia. O guia é um documento pioneiro e foi elaborado para preencher uma importante lacuna sobre como mensurar os impactos das atividades do setor da construção civil sobre os recursos hídricos, já que existe notável carência no estabelecimento de métricas comuns que permitam avaliações direcionadas.

Panorama da pegada hídrica na construção

 

De acordo com Marina Roque Oliveira, consultora ambiental na Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente, o material objetiva estabelecer diretrizes comuns para que profissionais da área e demais envolvidos possam quantificar a pegada hídrica de seus empreendimentos a partir de definições práticas e, ao mesmo tempo, baseadas nas definições metodológicas mais amplas do guia da Water Footprint Network (WFN).

Para Marina, a pegada hídrica trata-se de um indicador que considera não apenas o uso direto da água, mas também impactos indiretos e demais apropriações* do recurso. “Ou seja, e para o caso especial de edificações, são contabilizadas tanto atividades e processos que ocorrem efetivamente em canteiro de obra (uso de água para cura de concreto, preparo de argamassas, testes hidrostáticos, usos sanitários entre outros) como o consumo para produção dos materiais empregados na construção”, complementa. Também são computados impactos resultantes do lançamento de efluentes no meio, mas, dado o ainda incipiente estado de desenvolvimento desse componente, o tema foi abordado de forma mais teórica no trabalho.

Segundo Virgínia Sodré, diretora técnica e comercial na Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente, não há obrigatoriedade na utilização do guia por parte das empresas, porém, a  busca por melhor utilização dos recursos naturais, que carece de mudança nos hábitos de consumo, é uma demanda crescente do mercado. “A Caixa Econômica Federal, que também esteve envolvida no projeto, indicou o interesse em utilizar a pegada hídrica como um dos indicadores ambientais do Selo Casa Azul, o que tem relação direta com a intenção de financiamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida”, destaca.

 

 

O que é o Guia?

 

Este guia tem como objetivo, a partir de utilização de linguagem mais acessível, recursos gráficos, case e exemplos, auxiliar os leitores na compreensão das três principais normas que abordam, promovem e difundem práticas ligadas à gestão integrada de recursos hídricos, permitindo, assim, a difusão mais eficaz de seus conteúdos. Como o conjunto de ações que otimiza a operação do sistema hidráulico predial de modo a permitir a utilização apenas da quantidade de água necessária para o desempenho das atividades consumidoras (gestão da demanda) e de ações que promovam a oferta de água produzida no próprio edifício e provenientes de fontes alternativas à água potável fornecida por empresas prestadoras de serviços de saneamento (gestão da oferta), visando o uso eficiente da água. A abordagem conjunta das três publicações dialoga com a visão de gestão integrada das águas a partir da compreensão sistêmica do ciclo da água dentro da edificação e a proposição de soluções que levem em consideração distintos aspectos.

 

*O conceito de pegada hídrica utiliza preferencialmente o termo “apropriação” para se referir aos impactos sobre recursos hídricos, o que visa a contemplar não só o que comumente é denominado “uso”, mas também alterações causadas pelo lançamento de efluentes/esgotos em corpos hídricos.

 

Assista ao Papo Construtivo sobre o primeiro residencial Minha Casa Minha Vida com certificação AQUA Social do Brasil: https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/primeiro-residencial-minha-casa-minha-vida-com-certificacao-aqua-social/

 

 

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