Publicado em 15/07/2014Concreto projetado será usado na Linha Laranja do Metrô

Concreto projetado será usado na Linha Laranja do Metrô

Técnicas diferentes de projeção de concreto serão usadas para a nova linha do metrô paulista

O governo do Estado de São Paulo deve iniciar, ainda no segundo semestre de 2014, as obras da linha 6 – Laranja do metrô. Com 15 estações, o novo trecho terá 13,5 quilômetros de túneis subterrâneos, que ligarão os bairros de Brasilândia, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Sumaré e Bela Vista. A previsão é que funcione plenamente só em 2020. Assim como nas demais obras do metrô, devem ser utilizadas técnicas de projeção de concreto, contenção de encostas ou taludes, reforços de lajes e revestimento de paredes e pilares.  O concreto projetado é utilizado para a construção de túneis por camadas de solo e de rochas, e substitui a solução tradicional com revestimento de concreto moldado em loco.

Por ser aplicado com elevado impacto sobre a base e por sua alta compacidade, dispensa o uso de fôrmas e de vibradores.

Segundo o coordenador técnico de projetos Engemix, Luiz de Brito, da área de negócios concreto da Votorantim Cimentos, o concreto projetado não funciona somente como revestimento, exercendo também função estrutural ao oferecer monoliticidade às paredes dos túneis, que suportam tensões de compressão do terreno – a tendência natural é que o solo ou a rocha forcem o fechamento do buraco aberto durante a escavação.

“Em muitos túneis são utilizadas estruturas de aço denominadas cambotas, que servem de apoio ao concreto projetado na tarefa de suportar tensões”, explica. Por vezes, é também necessário preparar o substrato de projeção, drenando o terreno para evitar que seu excesso de água sature o solo a escavar; ou aplicando tirantes que eliminam o risco do colapso de rochas.

A Engemix fornece concreto projetado por via seca ou úmida. Na primeira, é feita mistura a seco de cimento e agregados. “O material é conduzido sob pressão por um equipamento de projeção. Na saída, o mangoteiro (operador) controla a adição de água e outros aditivos”, explica Brito.

“Na via úmida, o concreto é preparado na forma convencional, em betoneiras, e depois colocado no equipamento de projeção. Devido à falta de mangoteiros qualificados no mercado, e por maior praticidade desta técnica, muitas construtoras têm optado pela via úmida”.  Com o acréscimo preciso de água feito pela usina fornecedora, é possível garantir a hidratação correta do concreto projetado a úmido.

Em ambas as técnicas, as especificações do material dependem de fatores como tipo de substrato, espessura da camada a projetar e tipo de equipamento de projeção disponível. “Além disso, dependendo da obra, é preciso adicionar aglomerantes e fibras à mistura, além de altas doses de aditivos, principalmente aceleradores de pega”, conclui.

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