Publicado em 25/09/2017Instalação elétrica: evite gastos e acerte nos materiais
Fique atento! Toda instalação elétrica deve seguir normas técnicas.

Instalação elétrica: evite gastos e acerte nos materiais

Veja como quantificar circuitos e componentes elétricos, e evite gastos desnecessários na instalação elétrica da obra

Não é raro entrar em residências e logo perceber problemas na instalação elétrica: banheiros sem tomadas ou quantidade insuficiente de tomadas nos quartos. E quem nunca viu interruptores em locais de difícil acesso, ou atrás de portas? O mesmo acontece com condutores elétricos para chuveiros, por vezes de bitola tão fina que compromete a durabilidade de qualquer resistência.

Esses “erros” têm origem em serviços de instalação elétrica realizados por profissionais inexperientes ou sem capacitação técnica. Contudo, há vários casos em que a explicação é uma tentativa – dos próprios eletricistas, certas vezes –  de economizar na especificação de materiais, com quantidades menores que o necessário, ou optando pelo mais barato.

Antes de começar a instalação elétrica

Se os cômodos da casa foram construídos em etapas, o eletricista deve avaliar quais itens vão ser necessários em cada um deles, de acordo com o tamanho dos ambientes. Em um quarto ou sala de área média 3 m x 3,5 m, uma tomada deve ser instalada a cada 5 m corridos de parede – ele terá que ter, pelo menos, duas tomadas.

Quanto aos pontos de luz, e dimensionamento dos condutores, é preciso saber a potência necessária: para uma lâmpada incandescente de 100 W e uma tomada geral, de 400 W, o equipamento especificado deverá suportar carga de 500 W. Logo, um condutor com bitola 2,5 mm² e um disjuntor de 15 A podem ser suficientes.

De acordo com normas técnicas para instalações elétricas de baixa tensão, conduítes rígidos de ¾ de polegada (18,5 mm) ou flexíveis, de diâmetro 25 mm (uma polegada), são os mais apropriados. Para lâmpadas de 100 W, prefira bitolas de 1,5 mm², com disjuntores de 15 A e potência máxima 1500 W.

No caso de tomadas para uso geral, a conta é outra: em tensões de 110 V, a bitola deve ter 2,5 mm², e o disjuntor, 20 A – para suportar potência máxima de 2.000 W.

Nos chuveiros, a especificação deve ser mais criteriosa. Isso evitará focos de incêndio ocasionados por sobrecargas na corrente. Assim, se a instalação é de 220 V, os fios devem ter bitola 6 mm², e o disjuntor, capacidade para 35 A, suportando potência máxima de 6500 W. Torneiras elétricas são como chuveiros, então é preciso seguir essas mesmas especificações.

Volume de material

Enquanto as tomadas devem ser posicionadas a 30 cm de altura do piso, os interruptores, por regra, precisam estar a 1,30 m do solo; e o quadro de distribuição de energia, por sua vez, a 1,20 m do piso.

Para quantificar os materiais, utilize uma planta em escala para saber quantos metros lineares de eletrodutos e condutores serão necessários na obra.

Meça diretamente os eletrodutos representados no plano horizontal e, a este valor, some a cota vertical (alturas de interruptores, ou tomadas, por exemplo).

Neste cálculo, é importante não esquecer de contar a altura da laje, no caso de eletrodutos que descem até as caixas de elétrica. Não esqueça também de somar a espessura do contrapiso, no caso dos eletrodutos que sobem até as caixas.

Lembre-se que a cota total nada mais é que a soma das duas cotas (vertical e horizontal), e compre somente a quantidade necessária de condutores, para evitar sobras e desperdício!

 

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