Publicado por Carla Rocha em 26/10/2020Financiamentos imobiliários: confira todas as modalidades
É preciso prestar atenção no sistema de amortização que será utilizado durante o pagamento do financiamento.Créditos: Shutterstock

Financiamentos imobiliários: confira todas as modalidades

Além de considerar o tipo de financiamento é preciso verificar o sistema de amortização

Comprar um imóvel, como uma casa ou um apartamento, é o sonho de muitos brasileiros que moram de aluguel. No entanto, nem sempre é fácil conseguir poupar o valor de um investimento em uma moradia e adquirir essa unidade residencial pagando à vista. Por essa razão, os financiamentos imobiliários se tornaram a principal alternativa para aqueles que desejam obter, principalmente, seu primeiro imóvel.


No Brasil, existem algumas modalidades de financiamento e também alguns sistemas de amortização dos juros que estão ligados às parcelas mensais que devem ser pagas, geralmente, aos bancos. É preciso estudar com cautela cada alternativa e considerar a sua realidade financeira antes de assumir uma dívida de financiamento que pode, muitas vezes, durar até 35 anos.

Tipos de financiamentos imobiliários


“O financiamento bancário se divide em duas modalidades: aquisição (imóvel pronto) e construção (o banco financia a empresa durante o período de obras). Os compradores de imóvel também podem recorrer a financiamento direto com a construtora. Neste caso, geralmente, o financiamento se inicia no momento da compra da unidade, ou seja, pode começar antes do imóvel estar pronto. Em geral, o financiamento com os incorporadores permite uma maior flexibilidade em relação ao fluxo de pagamento do que o financiamento bancário”, explica Luiz Antônio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).


Quando se trata de habitação social, vale destacar os programas do Governo Federal que oferecem melhores condições para aqueles que se enquadram nas faixas de renda contempladas. “Hoje seria o financiamento por meio do programa Casa Verde e Amarela, que utiliza o FGTS e possui taxas mais baixas, tornando as prestações mais baratas e acessíveis a população de baixa renda. Nessa modalidade, o financiamento já se inicia no momento da compra do imóvel, que pode ocorrer antes mesmo dele estar pronto”, conta França.


O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também é um importante aliado dos compradores de imóveis. Isso porque, basta ter contribuído por 36 meses ao FGTS, que é possível utilizar esse valor como entrada para o seu imóvel, por exemplo.

 

Sistemas de amortização


Uma das grandes preocupações na hora de realizar um financiamento imobiliário está na cobrança de juros. Por isso, um cuidado que não pode ser negligenciado está na hora de analisar que tipo de sistema de amortização de juros a entidade, como o banco responsável pelo financiamento, está te propondo e qual a sua viabilidade financeira para fechar a proposta. Confira os tipos mais comuns:


Sistema de Amortização Constante (SAC): este sistema foi muito utilizado por um tempo nos financiamentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Uma das suas principais atratividades é que as prestações são decrescentes, ou seja, a longo prazo, as parcelas são reduzidas. Porém, vale destacar que neste tipo de financiamento podem ocorrer correções monetárias pré-fixadas ou pós-fixadas. No caso da pré-fixada, a instituição já determina o valor de correção no momento da assinatura do contrato. Já no caso da pós-fixada, a correção ocorre com base em algum índice de mercado como a Taxa Referencial (TR).


Sistema Tabela Price: este modelo de amortização de juros veio da França e sofreu algumas alterações para se adaptar à realidade brasileira. No modelo original, as parcelas são decrescentes, mas durante essa adaptação, isso foi modificado em nosso país. As parcelas, a princípio, deveriam ser fixas. No entanto, por aqui, elas variam conforme a inflação. O reajuste das prestações é feito, geralmente, considerando o indexador pós-fixado TR.


Sistema de Amortização Crescente (SACRE): neste tipo de sistema, as parcelas são crescentes até um determinado ponto e, depois, sofrem uma queda, se tornando decrescentes. Como na Price, os reajustes são feitos utilizando a TR, no entanto, pelas parcelas serem decrescentes ao longo prazo, os riscos diminuem consideravelmente.

 

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