Concluídos os estudos preliminares para o projeto de arquitetura, é hora de desenvolver um programa de necessidades, ou programa de uso. Essa etapa sonda expectativas do cliente quanto às funcionalidades que sua casa deverá abrigar. “É a fase em que mais se discute com o cliente, para destrinchar o que ele quer ter em casa. É uma troca de ideias, em que o projetista traz o conhecimento técnico, mas as condições de uso de cada espaço devem atender às necessidades do cliente”, explica o arquiteto e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gilberto Belleza.

O arquiteto pede ao cliente para colocar no papel tudo o que imagina ter no espaço da casa ou do escritório, de acordo com sua rotina e estilo de vida: dois ou três banheiros, cozinha grande ou pequena, quarto de empregada, um depósito para tipos específicos de objetos, armários especiais para uma coleção que possua. “O bom arquiteto enriquece a opinião do cliente, oferecendo soluções melhores, quando não há possibilidade de atender a todos os desejos”, explica Belleza. O cliente deve saber informar a dimensão do investimento previsto, pois muitas vezes suas vontades tendem a deixar a obra ainda mais cara.

Outro ponto importante a listar sãos os modos e estilo de convivência familiar – como interagem os familiares, se gostam de dormir no escuro, se dormem com barulho ou não, se haverá tempo para cuidar do jardim e de animais, se têm hábito de fazer refeições juntos, ou receber amigos para as refeições, se a empregada dorme em casa. Todas essas variáveis terão influência direta na formatação de um programa de necessidades mais detalhado.

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