Publicado em 31/05/2016Torres eólicas de concreto podem ser produzidas in loco
Torres eólicas de concreto podem ser produzidas in loco

Torres eólicas de concreto podem ser produzidas in loco

Viáveis para alturas acima de 80 m, as torres de concreto oferecem vantagens como custo, facilidade de transporte e montagem

As torres de energia eólica se multiplicam em regiões do Brasil onde há vento forte e constante, especialmente no Nordeste. Desde 2009, houve importante crescimento dessa fonte limpa e renovável, que já representa mais de 8,3% da brasileira, segundo o Governo Federal. Construídas em aço e concreto, essas estruturas atingem entre 80 e 120 m de altura. Em alto mar (offshore), podem chegar a até 150 m – mas ainda não há exemplos no Brasil.

Fundações

Para suportar essas imensas torres, independentemente de seu sistema construtivo, as fundações são feitas em concreto. O volume pode chegar a 500 m³ ou mais, depende do tipo de terreno e do tamanho das torres. As fundações, porém, em nada influenciam a decisão sobre o sistema que será utilizado na estrutura. “São tecnologias e contratos independentes”, diz Niebel.

Manutenção

No Brasil, os parques eólicos são novos e ainda não é possível avaliar qual sistema – de concreto ou aço – vai demandar mais manutenção. Tudo depende da localização do parque e das manutenções preventivas. Porém, as torres de concreto são projetadas com concretos com baixíssima relação água/cimento, de acordo com a NBR 6118, avaliando a classe de agressividade e não só a sua resistência, além de receber pintura de proteção, que aumentará em muito a vida útil das peças. Lembrando que a vida útil dos parques deve ser de, no mínimo, 20 anos para ambos os sistemas.

Segurança e evolução

A homologação das torres, sejam elas em concreto ou aço, é feita pelas empresas fabricantes de aerogeradores, por meio de longo processo de avaliação. “Os dois sistemas são seguros, porém já tivemos acidentes com torres metálicas no Brasil, motivados por rajadas de vento acima dos valores previstos em projetos”, completa Niebel.

Com a evolução da tecnologia dos aerogeradores, acima de 2,0 MW, as alturas das torres estão cada vez maiores. As primeiras torres no Brasil tinham, no máximo, 60 m de altura e as turbinas com capacidade para produzir 0,6 MW. Neste momento, em função do estudo de vento a alturas superiores a 120 m, se terá, em breve, outro salto. Em termos mundiais, já existe aerogerador com 8,0 MW de potência e torre com 164 m.

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