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Publicado por Carla Rocha em 22/02/2021Industrialização: conheça iniciativas das construtoras
A produtividade, desafio do setor de muitos anos, pode ser melhorada com a industrialização no canteiro de obras.Créditos: Shutterstock

Industrialização: conheça iniciativas das construtoras

Objetivo principal é a redução de tempo e aumento da produtividade

A construção modular vem ganhando espaço no setor da construção civil por garantir maior rapidez, pois seus elementos são totalmente prontos e apenas transportados para ser colocados na obra. O objetivo principal da industrialização é aumentar a produtividade no canteiro de obras e também reduzir cronograma, entregando os empreendimentos com mais rapidez. Entre os principais benefícios da industrialização, é que como a produtividade é muito alta, os salários são melhores e existe maior segurança para os trabalhadores.

Confira abaixo mais alguns benefícios da industrialização para a sua obra:

  • Maior rapidez e produtividade para o setor;
  • Homogeneidade de qualidade se bem projetada;
  • Maior rigor dimensional e qualidade sistêmica;
  • Maior uniformidade, precisão e beleza;
  • Aumento da segurança no local de obra;
  • Menor esforço físico para o funcionário;
  • Nível de insalubridade é muito menor.

Atualmente, a construção modular tem uma série de problemas porque leva mais tempo e planejamento do que realmente ocorre na execução do canteiro de obras. Há também a questão logística e de içamento que envolvem as leis de cada região. Para ter liberdade modular, as pelas projetadas em módulos, são montadas na fábrica e depois transportadas para a obra para, então, serem içadas. Existe, atualmente, uma série de dificuldades e fatores logísticos que impedem a implementação desse tipo de execução.

Principais desafios de implementação da construção industrializada

De acordo com Luiz Henrique Ceotto, engenheiro civil com mestrado em Engenharia de Estruturas pela USP, atualmente, o Brasil conta com 95% das tecnologias e sistemas construtivos utilizados no mundo para a construção industrializada, o grande problema é a utilização prática que é muito pequena e isso acontece por alguns motivos, sendo um dos principais que é a origem de tudo: o custo artificialmente imposto da construção industrializada, que é significativamente mais caro do que utilizar mão de obra intensiva que vem de 40/50 anos.

Uma edificação hoje necessita de diversos agentes como, o engenheiro, a administração da obra e o profissional da obra. A contratação na construção industrializada se dá através de prestadoras de serviços que precisam muito da sensação de urgência, pois o mercado é muito leniente com prazo e produtividade, então, segundo o especialista, hoje o grande problema dos empreiteiros é o planejamento e um conjunto de questões que precisa funcionar com precisão. “O ambiente é altamente improdutivo com todos os cacoetes de baixíssima produtividade”, ressalta. Ainda de acordo com Ceotto, especialista da Urbic, a burocracia é outro fator que dificulta a implementação dessas novas tecnologias no país. “Além de problemas logísticos e durante o trajeto até a obra, como fios elétricos e de telefonia, o que envolve as normas que impedem a chegada do pré-moldado”, salienta.

Modelos internacionais de industrialização e sua aplicação no país

Para Ceotto, existe um problema que é o custo do pioneirismo, mas se mudar esses fatores, o mercado inteiro vai se preocupar com a produtividade. “Isso não vai mudar enquanto o setor não desejar a construção industrializada e a produtividade”, aponta.

Outro ponto destacado pelo especialista é a necessidade de capacitação e a formação de novos empreiteiros a fim de atuarem com as novas tecnologias, para que eles tenham condições de atuar nesse modelo e estejam preparados para isso. “Existe uma negligência muito grande que é consequência de 100 anos de uma prática danosa ao setor”, salienta.

Alguns exemplos de como outros países possuem legislações que ajudam na implementação da industrialização podem ser vistos na Europa. Lá, a carreta pode passar mais de 3 metros de altura e, no Brasil, se tiver mais de 4 metros não passa por baixa de nenhum viaduto. Nos Estados Unidos da América e no Canadá, as ruas são largas e aqui no Brasil, existem também os postes com fios por todo o lado, além de restrições e lei municipais que dificultam esse processo. Segundo Ceotto, nos EUA, a construção é tão industrializada que até a autoconstrução segue esse preceito. “Para chegarmos nesse ponto precisamos romper esses problemas. Então, falta muito dessa integração entre o setor da construção e a parte financeira, além de uma mudança de cultura da empresa e, principalmente, mudança de mindset”, destaca.

Vale destacar que não existe alta produtividade sem o aumento da velocidade. Outro ponto a ser destacado é a burocracia com relação às normas de construção modular e industrializada, o que é uma dificuldade que impede a utilização em larga escala no país. “Precisamos aprender com a experiência e adaptar as normas já existentes em outros países”, finaliza.

Você sabe como são elaborados os elementos pré-fabricados? Confira nesta matéria: https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/pre-fabricados/

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