Dicas para economizar energia em residências e apartamentos
Mudar alguns hábitos é simples e contribui para diminuir o valor da conta
O Brasil vive a pior crise hídrica da história e os reservatórios das hidrelétricas devem atingir seu menor nível em 20 anos, segundo avaliação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para tentar conter essa situação, é importante que todos se conscientizem da importância de economizar energia em residências e apartamentos.
Atualmente, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão em 30% da sua capacidade total, o que já tem refletido na conta de luz do consumidor final, com o aumento implementado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no fim do último mês. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por cerca de 70% de toda a energia consumida no país, devem chegar a 10,3% da capacidade em novembro. Caso o nível dos reservatórios caia para 7,5%, a geração de energia entrará em colapso.
Para Alexandre Moana, diretor técnico da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), o Brasil é um país de sorte, com bom potencial hidráulico, que nos anos 1980 correspondiam a mais de 80% da energia elétrica brasileira. Com o aumento das nossas necessidades, esse potencial se reduziu, hoje temos em torno de 60% da demanda elétrica advinda das águas, e muito mais usinas térmicas que utilizam combustíveis fósseis.
A redução das chuvas faz com que utilizemos mais combustível para a geração de energia e equilíbrio da potência de ponta, então, é uma energia mais cara. “Nosso mecanismo tarifário contempla essa atividade, e aumenta automaticamente a fatura, dando o sinal adequado sobre como devemos utilizar esse insumo”, ressalta.
Confira algumas dicas para economizar energia na sua casa
O consumidor final é quem detém alguns dos equipamentos responsáveis por uma alta taxa de consumo de energia, como as residências que têm lâmpadas incandescentes, chuveiros elétricos, geladeiras, ferros de passar, máquinas de lavar, computadores, ar-condicionado etc. “Manter os computadores desligado, quando não utilizados, bem como monitores, televisores, carregadores fora da tomada, menos luzes de stand-by e outras soluções”, orienta. Com a escassez de recursos hídricos, a energia ficou mais cara e a bandeira tarifária determinada pela Aneel, em julho de 2021, passou a ser a vermelha, patamar 2, com custo de R$ 0,09492 a cada kWh consumido.
Portanto, essa determinação, junto com a conscientização da população e a mudança de alguns hábitos corriqueiros no dia a dia, fazem toda a diferença e podem ajudar a reduzir o valor da conta. “No caso residencial, o tempo de banho reduzido, a utilização de lâmpadas com tecnologia mais eficiente, abrir menos a geladeira, isolar os ambientes refrigerados e usar o ar-condicionado com moderação”, são algumas das dicas do diretor. Por isso, mudar esses hábitos pode ser bem simples e ainda contribui para que você reduza o consumo de energia. Veja algumas dicas para economizar energia na sua casa:
- Chuveiro elétrico
Algumas pessoas costumam passar horas debaixo do chuveiro e isso pode ter um prejuízo final na conta de luz. Por isso, o ideal é fechar a torneira para se ensaboar e também cuidar da manutenção do chuveiro, além de limpar a saída da água periodicamente.
- Ferro elétrico
A dica aqui é muito simples: basta acumular o máximo de roupas antes de passar e dar preferência para começar pelas peças que precisam de menos calor. Ao desligar o ferro, aproveite que ele ainda não esfriou para passar algumas roupas leves.
- Iluminação
As lâmpadas fluorescentes podem gerar uma economia de até 60% de energia, então o ideal é substituir uma lâmpada incandescente por uma fluorescente e garantir a economia na conta de luz.
- Geladeira
Este é um dos equipamentos que mais consomem energia em uma residência. Por isso, é importante evitar abrir a geladeira a todo momento, fazer o descongelamento periódico e não guardar alimentos quentes para não danificá-la.
Ainda segundo Moana, a importância da eficiência residencial tem duas vertentes. A primeira é a redução dos custos para a família, o que acaba por proporcionar mais recursos na economia doméstica, muito importantes nesse momento de retração econômica mundial. “A segunda é o benefício que isso gera para o país, que pode controlar os dispêndios na infraestrutura energética”, complementa.
Confira também a matéria especial sobre saneamento básico: https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/saneamento-tubos-concreto/
