Publicado em 20/06/2016CUB SP permanece estável em maio, mesmo com reajustes salariais
Custo Unitário Básico (CUB) da construção paulista se manteve próximo da estabilidade: +0,02%

CUB SP permanece estável em maio, mesmo com reajustes salariais

CUB SP subiu apenas 0,02% em maio. SindusCon-SP estima que impacto das convenções coletivas assinadas com os trabalhadores deve ser sentido em junho

Em maio, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção paulista se manteve próximo da estabilidade (+0,02%), apesar do momento delicado para as construtoras, de negociação de reajustes salariais com os trabalhadores. Considerando as obras incluídas na desoneração, o valor do metro quadrado subiu para R$ 1.147,66, segundo pesquisa mensal realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No caso de obras não incluídas na desoneração, o CUB SP ficou em R$ 1.234,67.

De acordo com Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, a única surpresa dos dados de maio é que se esperava uma oscilação maior em razão da assinatura das convenções coletivas da construção paulista. “Como os acordos para reajuste dos salários foram fechados mais próximo do final do mês, seu impacto deve ser sentido apenas em junho, mas a tendência de estabilidade no segundo semestre permanece”, observou. Em maio de 2015, por exemplo, o CUB SP apresentou alta mensal de 2,09%.

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Para Zaidan, a demanda no setor deve seguir baixa enquanto os gastos das famílias continuarem retraídos, em razão do alto endividamento da população e da crescente ameaça do desemprego – que já atinge 11,4 milhões de pessoas no país segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Para uma reversão dessa tendência é preciso ocupar toda a capacidade ociosa da indústria”, acrescentou.

Entre os insumos da construção que apresentaram os maiores reajustes no mês de maio estão: vidro liso transparente 4mm c/massa (+0,76%), janela de correr 2 folhas (+0,63%), cimento CPE-32 saco de 50kg (+0,14%) e concreto FCK (+0,13%). Em maio, nenhum dos 21 itens pesquisados apresentou alta superior à do IGP-M, que foi de 0,82%.

Entre janeiro e maio, o preço do metro quadrado da construção paulista acumula alta de 0,66%. O resultado é bem inferior ao apurado em igual período do ano anterior (+2,99%). Em 12 meses, a alta do CUB está em 2,42%.

Segundo o diretor da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de São Paulo (Acomac-SP), Hiroshi Shimuta, os preços dos materiais têm registrado aumento da ordem de 5% a 10%. “Na verdade, o que observamos é que todo mês novos fornecedores aumentam os preços. Essa alta é mais ou menos gradual”, afirmou. Para o final do ano, Shimuta prevê um aumento médio de 8% a 10% nos preços.

Reajuste da categoria

Em 25 de maio, após três dias de paralisações e protestos na capital paulista, o SindusCon-SP e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sintracon-SP) entraram em acordo para um reajuste salarial escalonado. Foi aprovado reajuste de 9,83%, que será concedido em duas parcelas. Trabalhadores com salários abaixo de R$ 7 mil terão seu salário reajustado em 6,38% no mês de maio. Os outros 3,24% serão concedidos em setembro.

O vale-refeição também foi reajustado de R$ 19 para R$ 20, e o vale-alimentação de R$ 240 para R$ 265 em maio; em setembro, subirá para R$ 275.

Construção: responsável por preencher a última fiada da parede, encunhamento requer argamassas específicas ou espuma de poliuretano. 

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