
Mão de obra na construção civil deve ser valorizada
Com a alta demanda por mão de obra, atenção à atração e retenção dos profissionais é fundamental
A indústria da construção civil deve fechar o ano de 2011 com um crescimento de 4,8% em relação a 2010, segundo projeção da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), e continuar em alta em 2012, independente da crise econômica global, com epicentro nos países europeus. Mas essas previsões otimistas são acompanhadas por obstáculos relacionados à mão de obra na construção civil: a escassez de profissionais e a alta rotatividade. De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), cerca de 90% das empresas têm dificuldades para contratar trabalhadores de nível básico, como pedreiros e serventes, enquanto a maior demanda por profissionais requer estratégias capazes de reter os qualificados. Esses são fatores que refletem diretamente no custo final das obras.
De janeiro a agosto de 2011, segundo dados da CBIC, a despesa com mão de obra cresceu 10,22%, devido à maior demanda. Além da elevação dos salários, há os gastos gerados pela troca de funcionários nos canteiros: encargos trabalhistas, procura de novos operários, treinamentos, redução de produtividade, dentre outros.
Investimento em mão de obra na construção civil
O investimento em treinamento pode assegurar a formação de equipes capacitadas, mas a retenção depende de outras iniciativas voltadas à valorização da mão de obra. A competitividade exige iniciativas até há pouco tempo limitadas ao pessoal administrativo e que agora entram nos canteiros de obras, como a preocupação do relacionamento de engenheiros, mestres e encarregados com os operários, oferecimento de alimentação diferenciada, equipamentos de qualidade e programas de capacitação.
É importante manter toda a equipe comprometida em seguir um padrão ético para garantir as boas práticas da construção civil. Confira dez regras de ouro da ética profissional no setor.