Publicado em 17/06/2016Lajes nervuradas são eficientes e econômicas
Para escolher o tipo de laje nervurada a ser usado, o projetista costuma considerar uma série de fatores, como o vão livre a ser vencido, a disponibilidade de materiais e de mão de obraCréditos: Paulo Barros / e-Construmarket

Lajes nervuradas são eficientes e econômicas

Indicadas para praticamente qualquer tipo de obra, elas são leves e podem ser usadas para vencer grandes vãos

As lajes nervuradas surgiram como alternativa às lajes maciças, que, devido aos vãos cada vez maiores e ao alto custo das fôrmas, foram se tornando uma opção pouco atrativa na construção civil. Elas são assim chamadas porque a armadura positiva está concentrada em uma nervura, que pode ser:

  • Unidirecional: se a distribuição de esforços for feita em uma única direção – geralmente na do menor vão (caso das lajes treliçadas e lajes pré-moldadas com vigotas). 
  • Bidirecional: se a distribuição de esforços for feita em duas direções (lajes com formato mais quadrado).

“As lajes unidirecionais vencem vãos maiores e ‘travam’ menos o edifício, porque são menos rígidas do que as bidirecionais”, declara a professora Mércia Bottura de Barros, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Solução versátil

As lajes nervuradas são mais leves, reduzindo os esforços nas vigas, pilares e fundações. Outra vantagem é a economia com fôrmas em relação às maciças. Podem ser usadas em qualquer tipo de obra, de casas térreas a edifícios com vários andares, tanto residenciais quanto comerciais.

As lajes podem ser moldadas in loco – nesse caso são necessários escoramentos e fôrmas (o que encarece a obra). Outra opção é a produção com vigotas pré-moldadas de concreto armado ou protendido (maciças ou treliçadas) que, após a concretagem, fazem o papel das nervuras. Essas não precisam de fôrmas, por isso são mais econômicas.

De acordo com a professora, as vigotas protendidas, geralmente, vencem vãos maiores que as tradicionais. E as treliçadas permitem a passagem dos sistemas prediais (eletrodutos) com mais facilidade.

Como escolher

Para escolher o tipo de laje nervurada a ser usado o projetista costuma considerar uma série de fatores, como o vão livre a ser vencido, a disponibilidade de materiais e de mão de obra, a necessidade de limitar as deformações do edifício, o prazo para execução e os custos.

Em edifícios baixos (com poucos pavimentos e vãos com até 5 m), é mais comum o emprego de lajes nervuradas com vigotas ou painéis treliçados pré-fabricados e elementos de enchimento do tipo lajotas cerâmicas ou poliestireno expandido. Eles proporcionam significativa economia com fôrmas e escoramento, já que os componentes utilizados já contêm o concreto fresco que formará a capa de compressão que constitui o piso do pavimento superior.

“As fôrmas representam cerca de 50% do custo de uma estrutura de concreto armado moldado no local. Assim, se há redução no consumo de fôrmas e escoramento, o custo da estrutura diminui”, explica Mércia. Já em prédios altos, o sistema com nervuras moldadas utilizando cubetas plásticas e elementos de enchimento cerâmico ou de EPS é a melhor alternativa, devido à maior resistência aos esforços horizontais.

Veja também Como concretar lajes, no braço

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