
Como fazer um bom balanço contábil
Resultados anuais apontam estratégia futura de vendas; veja o que não pode ficar de fora do balanço
Todo final de ano é comum para os empresários a realização dos planos de negócios para o próximo ano. Ter em mãos os resultados obtidos pela empresa nos últimos doze meses, que guiam decisões importantes como a definição de investimentos e a remodelagem do portfólio de produtos, é o primeiro passo para isso. O balanço contábil deve considerar receitas, custos e despesas do período, para obter dados concretos de lucros e prejuízos – informações que poderão servir de base para traçar estratégias e mudar rumos.
O inventário é feito por meio do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), que aponta o que a empresa tem em caixa, valores a receber e estoque, e um balanço patrimonial, indicando ativos (direitos e bens) e passivos (dívidas e encargos financeiros). O lojista faz esse acompanhamento em intervalos mensais ou trimestrais, o que permite a correção periódica de eventuais desvios, segundo informa Maurício Mezalira, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP).
Em posse desses dados, no final de cada ano, o lojista poderá reuni-los e avaliá-los em conjunto. “No caso das revendas, um ponto importante é a apuração dos valores em estoque. É preciso compará-los aos saldos de outros períodos (mês anterior; ano anterior), e verificar sua relação com as vendas. Se os estoques cresceram e as vendas se mantiveram, pode ter havido aumento dos gastos com fornecedores ou compras mal planejadas de produtos que não giram”, exemplifica Mezalira.
De acordo com as recomendações do consultor, o balanço contábil deve ser feito com o contador. Na hora de inventariar o estoque, o melhor é fechar a loja. Isso garante a precisão da contagem do saldo de produtos, que não sofre a alteração de retiradas para atender clientes durante a apuração.
Formação de Preços
Formar preços de forma assertiva também é um ponto fundamental que deve impactar os resultados da companhia. De acordo com Junio Schmeisk, consultor de negócios da Azure, formar preços é fácil para quem conhece os procedimentos de precificação. “Existem lojistas que fazem pelo método de rateio e outros que montam a precificação pelo método direto de custos. O que dificulta explicar esse assunto é quando os lojistas não conseguem entender questões como custo variável e custo fixo”, afirma o consultor.
O custo fixo, basicamente, é aquele que independente de suas vendas, existe, como o aluguel. Já o custo variável é aquele que, a depender da quantidade de produtos vendida, também tem seu valor alterado, como os impostos diretos sobre o produto.
De acordo com Schmeisk, para obter mais assertividade nos resultados, o melhor é optar pelo método direto.
Quer saber mais sobre formação de preços? Veja aqui: http://www.mapadaobra.com.br/gestao/formacao-de-precos/