Do solo ao céu:
retrofit do Aeroporto de Salvador

Reestruturação de uma das obras mais importantes do Estado
proporciona novas conexões

Obras Icônicas - Votorantim Cimentos

CONEXÃO 1: Pessoas interligadas

No bairro de São Cristóvão, no limite com o município Lauro de Freitas, em Salvador (BA), está localizado o Aeroporto Internacional de Salvador – Deputado Luís Eduardo Magalhães. O sítio aeroportuário possui 6.945.388 m² de área.

Em 2018, a movimentação de passageiros no local chegou ao número expressivo de 8.017.778 conexões. As aeronaves, que fazem as pontes entre chegadas e destinos, totalizaram a movimentação de 81.470 viagens. Os passos, geralmente, apressados, estavam pisando em um chão já desgastado. Os espaços, que deveriam aconchegar, começaram a ficar pequenos para o número de pessoas que ocupavam ali. As pistas, que deveriam servir de tapete para os voos, já estavam estreitas, insuficientes para atender às necessidades dos pilotos e à segurança que o processo necessita.

Conectar se tornou difícil
na infraestrutura que havia no bairro de São Cristóvão, desde 1925

O projeto de retrofit desenhado ali contemplava várias mudanças: reforma em todo o terminal existente; a construção de um novo terminal (o terminal 2); mais um conector interligando o terminal antigo com o terminal novo; parte da pista com ampliação e aumento das duas pistas (tanto secundária como principal); a criação de um novo pátio; e novas ancoragens e pátio de manobras para as aeronaves localizadas no terminal 2.

Para realizar todas essas otimizações foi necessária uma nova conexão. Formado por três grandes empresas da indústria da construção civil, o Consórcio Teixeira Duarte, Alves Ribeiro e Actemium conectou as empresas do ramo para tocar as mudanças desta obra de mobilidade, cada uma dentro das suas expertises. “Desde abril de 2018 já está em execução a modernização das pistas 17-35 e 10-28 do Aeroporto de Salvador. O escopo prevê também alargamento de taxiways existentes, execução de novas infraestruturas de elétrica/eletrônica, execução de novas redes de drenagem, execução de RESAs nas cabeceiras para garantir melhor segurança operacional. Para além da reformulação/modernização, está sendo construído um novo pátio de aeronaves e um novo Píer, com as respectivas vias de serviço”, ressalta Gonçalo Faria, coordenador de produção da Alves Ribeiro Construção – empresa portuguesa.

CONEXÃO 3: Concretizar e Conectar

Para viabilizar a realização desta obra complexa, as empresas Teixeira Duarte e Alves Ribeiro buscaram um parceiro que conseguisse atender à demanda de qualidade de concreto e também às necessidades logísticas da obra. Neste processo de negociação, a Votorantim Cimentos aceitou o desafio de fornecer o material mais adequado para concretizar todas as conexões ali realizadas.

"A negociação comercial demorou em torno de 4 meses. Desde o primeiro contato até a assinatura foram, aproximadamente, 40 reuniões" , conta Grimaldi.

O concreto mais adequado para compor as áreas de taxiamento, no entanto, não era um concreto convencional. Com a necessidade de resistência adequada ao tráfego intenso, por conta do pouso das aeronaves, a Votorantim Cimentos forneceu para este local um concreto de alta resistência à tração na flexão (fctmk) com 5MPa e Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC) para reforço de todos os pavimentos (incluindo a base do novo pátio). "Esse concreto de alta resistência à tração na flexão é do tipo Pisomix da linha Hi-Mix de concretos especiais", conta Rafael Augusto Alves da Silva, consultor de vendas técnicas da Votorantim Cimentos, que atua diariamente nesta obra. Também foi fornecido cimento ensacado; concreto convencional para execução de pré-fabricados e redes de drenagem; argamassas básicas e colantes.

CONEXÃO 4: A aterrissagem na obra

A demanda do concreto foi intensa. Para fornecer os 45 mil m³ de concreto e BGTC que o Aeroporto de Salvador necessitava, a Votorantim Cimentos tomou a decisão de instalar uma usina no próprio canteiro de obras. “Foi instalada uma central misturadora de concreto em obra. Tivemos a necessidade de uniformizar o nosso fornecimento, garantindo melhor qualidade e entrega no prazo. Com essa previsão de consumo, não acreditamos que, tendo em conta o prazo da obra, fosse possível terminar sem a instalação da central no canteiro”, ressalta Gonçalo Faria.

A escolha de uma usina misturadora também é inovadora no mercado. “Nós montamos uma estrutura de central com misturadora, que não é comum no mercado brasileiro, para possibilitar a produção do volume de acordo com a necessidade da obra para a produção do BGTC e também das placas e apresentar agilidade no fornecimento e disponibilidade para a obra”, destaca Marçal dos Reis Espinosa, líder de filial/canteiro na Votorantim Cimentos, que está à frente deste desafio que envolve não só a entrega da qualidade do concreto, mas um planejamento logístico eficiente.

Obras Icônicas - Votorantim Cimentos

Diferenças entre
Central dosadora
e Misturadora

“A dosadora, após a colocação dos materiais, tem a mistura realizada dentro do balão do caminhão betoneira. Já a misturadora efetua a mistura do concreto e da BGTC, em sua própria estrutura e o transporte pode ser efetuado em caminhão betoneira ou caminhão-caçamba”, explica Marçal Espinosa.

Ainda de acordo com Marçal, para cumprir o cronograma de obra e garantir a qualidade da concretagem, o desafio maior da equipe de produção foi o serviço de concretagem noturna. “Realizamos uma jornada das 19h00 às 00h00 para evitar fissuras no concreto tendo temperaturas mais baixas. O concreto do piso da área de taxiamento foi feito à noite em sua grande parte. Esse foi um dos desafios, além do volume de produção, porque essa obra não tem programação, a hora que a construtora pede tem que produzir”, ressalta. A equipe, que possui uma média de 10 pessoas em canteiro, está trabalhando nesta obra desde setembro de 2018.

CONEXÃO 5: O vôo

Com um prazo de entrega relativamente curto, as obras devem ser finalizadas dentro de 18 meses – que serão concluídas em outubro de 2019. No final de julho, a central misturadora alocada em canteiro deve ser desinstalada e o que resta para finalizar a obra, hoje, são os serviços de drenagem. “Garantir toda esta reformulação num prazo de 18 meses sem possibilidade de adiamentos obrigou a realização de um planejamento minucioso e dimensionamento de equipes para período diurno e noturno. Foram cumpridos todos os prazos impostos até a data e estamos confiantes que terminaremos antes do prazo acordado”, ressalta Gonçalo Faria, da Alves Ribeiro.

DADOS DA OBRA

Projeto: Retrofit do Aeroporto de Salvador | Localização: Salvador (BA).

Materiais fornecidos: Brita Graduada Tratada com Cimentos (BGTC); concreto convencional para pré-fabricados e redes de drenagem; concreto de alta resistência com fctmk de 5 MPa; cimento ensacado; argamassas básicas e colantes.

Período da Votorantim Cimentos na obra: cerca de 14 meses.

Consumo de concreto e BGTC: 45 mil m³.

Desafios enfrentados:

  • Alinhamento da expectativa do cliente com a estrutura da Votorantim Cimentos;
  • Desenvolvimento dos traços específicos para atendimento à obra;
  • Estrutura de atendimento muito mais complexa do que qualquer outra obra de atendimento, via filial Salvador;
  • Elaboração de projeto específico para atendimento da obra;
  • Negociação comercial que envolveu 40 reuniões em 4 meses.

 

FONTES UTILIZADAS

Carlos Leonardo Grimaldi de Queiroz, coordenador comercial IMO/INFRA da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Paraíba da Votorantim Cimentos;
Gonçalo Faria, coordenador de produção da Alves Ribeiro;
Marçal dos Reis Espinosa, líder de filial/canteiro da Votorantim Cimentos;
Rafael Augusto Alves da Silva, consultor de vendas técnicas da Votorantim Cimentos.

 

EMPRESAS E INSTITUTOS: VOTORANTIM CIMENTOS; ALVES RIBEIRO CONSTRUÇÃO; TEIXEIRA DUARTE ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES.

IMAGENS: Alves Ribeiro e Marçal dos Reis Espinosa.

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