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Publicado por Carla Rocha em 10/12/2020Perspectivas para futuro do setor imobiliário pós-pandemia
Enquanto as taxas de juros para o financiamento imobiliário caíram durante a pandemia, há muita incerteza em relação ao panorama socioeconômico devido ao Coronavírus.Créditos: Shutterstock

Perspectivas para futuro do setor imobiliário pós-pandemia

Brasil vive desafio econômico de manter a atividade econômica em crescimento

De acordo com informações fornecidas por empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os lançamentos do setor imobiliário somaram 4.561 unidades em julho de 2020 (alta de 38,2% em relação a julho de 2019), totalizando 18.841 unidades lançadas no trimestre móvel encerrado em julho – o que representa uma queda de 32,1% em comparação ao mesmo período de 2020. Nos últimos 12 meses, o número de unidades lançadas totalizou 103.802, o que indica a manutenção do patamar observado nos 12 meses anteriores.

Em relação à comercialização, foram vendidas 13.023 unidades pelas incorporadoras (alta de 58,0% em comparação ao mesmo período de 2019), esse resultado corresponde ao maior volume mensal vendido pela incorporação desde maio de 2014. Em julho, considerando o trimestre móvel, as vendas totalizaram 35.814 unidades, impondo uma alta de 25,5% em relação ao mesmo recorte temporal de 2019. Já no acumulado anual, as 125.380 unidades comercializadas tiveram um avanço de 9,0% se comparadas ao volume vendido nos 12 meses anteriores.

De acordo com Pedro Tenório, economista do Grupo ZAP, o setor imobiliário se mostrou bastante resiliente a pandemia. Embora pesquisas mostrem que a pandemia adiou a decisão de uma parcela importante da população em relação a compra ou aluguel de imóveis, principalmente em abril e maio, a concessão de crédito imobiliário (em milhões de reais correntes), segundo dados do Banco Central do Brasil, não caiu em nenhum mês depois da pandemia, sempre comparando ao mesmo mês de 2019.
Comparando junho e julho de 2020 com o mesmo período do ano passado, verifica-se aumento de 25,4% do montante de crédito imobiliário concedido, ou seja, um grande incremento no montante financiado. Todavia, de acordo com Tenório, o Brasil vive um desafio econômico grande de manter a atividade econômica no maior nível possível sem deixar de ajustar as contas públicas.

Possíveis cenários para o futuro do setor imobiliário no país


Ainda de acordo com o economista, lidamos razoavelmente bem com este difícil desafio, entretanto. conforme o tempo passa e continuamos convivendo com o Coronavírus, mais complicada fica a tarefa. “Deste modo, vejo três cenários para o mercado imobiliário. No melhor deles, ocorre um ajuste fiscal que possibilita programas de transferência de renda mais sólidos sem flexibilizar o teto de gastos nos próximos 2 anos. Neste cenário, vejo o mercado imobiliário aquecido, pelo menos, até o fim de 2021 em decorrência da retomada do mercado de trabalho em conjunto com as baixas taxas de juros”, ressalta.

O cenário intermediário é o que conta com alguma flexibilização do teto de gastos e algum programa emergencial de transferência de renda. Nele, as taxas de juros devem ser um pouco maiores do que no primeiro e a retomada do mercado de trabalho mais fraca, afetando o mercado imobiliário na mesma direção.

Por fim, o pior cenário seria com a queda do teto de gastos. “Aqui, o mais provável é que além de um programa de transferência de renda, haja um pacote de estímulo econômico. Portanto, se verificaria o rápido aumento nas taxas de juros e uma efêmera melhora do mercado de trabalho. Entretanto, as taxas de juros permaneceriam altas por tempo mais prolongado, enquanto o mercado de trabalho pioraria depois de alguns meses”, ressalta. Como a experiência recente mostra a importância das taxas de juros para o setor imobiliário, o economista crê que este cenário cause piora no desempenho do setor no curto, médio e longo prazo.

Enquanto as taxas de financiamento imobiliário caíram substancialmente durante a pandemia, há muita incerteza em relação ao panorama socioeconômico devido ao Coronavírus. “Portanto, se de um lado comprar ficou relativamente mais vantajoso, também está mais incerta a capacidade de pagamento futura”, destaca. Além disso, observa-se um movimento de êxodo de aglomerações urbanas de grande densidade durante este período de pandemia, em geral, por locação diante da possibilidade da volta ao normal no segundo semestre de 2021.

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