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Publicado por Carla Rocha em 28/09/2020Retomada do varejo: perspectivas para as lojas de materiais
É importante procurar sempre atender às expectativas do cliente oferecendo atendimento personalizado.Créditos: Shutterstock

Retomada do varejo: perspectivas para as lojas de materiais

Segmento compreendeu muito bem que teria de se adequar à nova realidade

As perspectivas de 2020 para o setor do varejo da construção civil eram de estabilidade e, com isso, os lojistas tinham grandes expectativas de que o ano fosse de equilíbrio, consequentemente, com bons resultados que apresentassem um avanço significativo. [Entenda o quadro geral aqui]. A estabilidade do mercado que todos previam no final de 2019 em conjunção com a redução nas taxas de juros beneficiaria a todos os setores, em especial o da construção civil, que há muito tempo já sofria os efeitos de uma retração na economia com o cenário político dos últimos anos que acabaram influenciando nos resultados atuais.

De acordo com Waldir Abreu, superintendente da Associação Nacional de Materiais de Construção (Anamaco), o fato é que temos uma forte recessão já a caminho. “Infelizmente, se a MP 936 não tiver o prazo estendido por mais tempo – a princípio terá validade até o final de julho – a partir deste período o setor começará a registrar demissões”, ressalta. E os números não são nada animadores, haja vista uma recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Covid-19, realizada na última semana de maio, que apontou a existência de 28,6 milhões de desempregados em todo o país. “É difícil precisar o tempo que durarão os efeitos da crise, mas com certeza teremos dias difíceis ao menos durante os próximos dois anos”, complementa.

Expectativas pós-pandemia e dicas para enfrentar a crise

As expectativas para o futuro do varejo de materiais de construção estarão diretamente ligadas às atitudes que forem tomadas neste momento em que a pandemia tem apresentado o seu ápice. Como já ressaltado, a concessão de créditos definirá a sobrevivência de muitos destes lojistas para que possam oxigenar os negócios. Então, o mercado precisa absorver de uma vez por todas que o lojista necessita de suporte financeiro para sobreviver a esta pandemia. “Daí, sim, poderemos ter um período pós-Coronavírus menos traumático. No entanto, não podemos fugir da realidade mundial, ou seja, teremos recessão e não há como fugir deste panorama neste momento”, ressalta.

Como a grande maioria, o setor de varejo de material de construção tem encontrado à frente as dificuldades advindas desta devastadora pandemia de Covid-19, embora o segmento tenha sido considerado essencial via decretos – por meio de um forte trabalho junto aos Governos Municipal, Estadual e Federal – encampados por parte de entidades, a exemplo da própria Anamaco. “Este empenho nos permitiu ter um cenário menos ruim, já que há setores que estão fechados desde o início da pandemia”, destaca. O lojista do segmento de material de construção compreendeu muito bem que teria de se adequar a esta desafiadora realidade. “Então, passar segurança neste quesito da higienização e etiqueta de comportamento aos clientes tem sido fundamental, porque o consumidor do bairro, normalmente, já conhece o lojista, tem certa proximidade e/ou intimidade”, complementa.

Como se adequar ao novo consumidor

Ainda de acordo com Waldir, é importante procurar sempre atender às expectativas do cliente oferecendo atendimento personalizado, principalmente, em um momento em que as pessoas estão muito sensibilizadas emocionalmente. “Vale a pena reforçar aos clientes que respeitem as regras de distanciamento, mesmo que esta conduta reflita em um atendimento um pouco mais demorado”, orienta. Outro ponto importante é sempre orientar o público com relação ao novo horário de funcionamento (há variações em cada cidade). Isso  é fundamental para que o consumidor não encontre as portas fechadas e, ao mesmo tempo, otimize a própria agenda.

Os usuários das lojas de material de construção habitualmente gostam de ter consultorias, conversar com a pessoa que o atende no balcão, tirar dúvidas e pedir ajuda. Por fim, é importante que os proprietários estejam também preparados para ativar o sistema de televendas/Whatsapp. “Estamos em meio a uma pandemia e tudo fica mais difícil e instável. Mas o importante é unirmos forças e mesclarmos a preocupação com o bem-estar das pessoas à oxigenação da economia”, finaliza.

 

 

Quer mais dicas para driblar a crise? Confira a matéria especial: https://www.mapadaobra.com.br/negocios/pandemia-crise/

 

 

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