Publicado por Carla Rocha em 31/08/2021Termômetro ANAMACO: resultados do setor em 2021
Setor de materiais de construção ainda busca aumentar as suas vendas.Créditos: Shutterstock

Termômetro ANAMACO: resultados do setor em 2021

Expectativa de vendas é favorável para os próximos meses

Sabemos que a pandemia da COVID-19 impactou todo tipo de negócio, principalmente, em 2020. Empresas de diversos setores, como do varejo de materiais de construção, tiveram que se readequar e traçar novas estratégias para conseguir manter-se de pé.

Para entender melhor este cenário, cobrindo todas as regiões do país, a ANAMACO criou o Termômetro ANAMACO, que traz dados importantes para destacar como estão as vendas e as expectativas das lojas do segmento.


Confira os resultados do último mês de julho e quais as percepções dos entrevistados pela entidade sobre o cenário do varejo de materiais de construção.

Termômetro ANAMACO: resultados de julho

De acordo com informações da ANAMACO, os resultados do Termômetro relativos a julho revelaram pequena melhora frente a junho. As assinalações de alta nas vendas no mês corrente passaram de 33% para 38%, superando as indicações de baixa em 19 pontos percentuais. Já na comparação com julho de 2020, no pico da primeira onda de Covid-19, o percentual de respostas otimistas registrou baixa. Naquele mês, esse indicador foi de 56%, superando as indicações de queda em 47 pontos percentuais.


Diferentemente dos últimos meses, a entidade constatou que a melhora na percepção dos varejistas de materiais de construção em julho passado foi mais intensa nas pequenas revendas. Nos estabelecimentos com até 4 empregados, as respostas otimistas passaram de 23% para 40% entre junho e julho. Apesar da melhora, essa percepção das pequenas lojas ainda está bem abaixo da registrada nos home centers (lojas com mais de 99 empregados), nas quais as assinalações de crescimento das vendas no mês corrente chegaram a 63% em julho, percentual ainda mais alto do que os 59% registrados no mês de junho.


Avaliando o cenário regional, houve avanço nas assinalações de alta em todo o país, exceto no Centro Oeste, onde as indicações de crescimento nas vendas recuaram ligeiramente (1 p.p.). O maior nível de otimismo foi registrado no Norte (46% das respostas) e o menor, no Sudeste (33%). Segundo informações da pesquisa, assim como registrado em nível nacional, as assinalações de estabilidade nas vendas frente ao mês anterior foram predominantes no Centro Oeste (52%), Sudeste (46%) e Nordeste (46%). A região com maior nível de respostas pessimistas (queda nas vendas frente ao mês anterior) foi o Sul, onde o indicador em julho chegou a 26%.

Análise da pesquisa de julho


Considerando as lojas de materiais de construção por porte (número de empregados), os mais otimistas quanto ao futuro das vendas seguem sendo os grandes home centers (mais de 99 funcionários). Nessa categoria, as assinalações de alta chegaram em julho a 68% contra 65% no mês anterior e “apenas” 55% em julho do ano passado. Do outro lado, houve melhora entre junho e julho nas expectativas das pequenas revendas (até 4 empregados).

No período, as expectativas de alta nas vendas futuras passaram de 52% para 61%. Há um ano, esse indicador era de 43%. Olhando as especialidades das lojas, as mais otimistas em julho quanto às vendas futuras foram as especializadas em revestimentos cerâmicos (70% de respostas otimistas), seguidas das lojas de artigos de pintura (67%). As menos otimistas eram as especializadas em produtos básicos (51%).

O que esperar dos próximos meses

Ainda de acordo com o Termômetro divulgado pela ANAMACO, as expectativas para o comportamento das vendas nos próximos meses se mantiveram favoráveis. As assinalações de alta chegaram a 58% em julho em nível nacional, praticamente o mesmo resultado observado em junho (59%).

Na comparação anual, houve forte elevação nesse indicador comparado a julho de 2020, quando as assinalações de crescimento esperado para os três meses à frente foram de 48%, sempre em nível nacional. As regiões Norte e Nordeste seguem sendo as mais otimistas quanto ao futuro das vendas neste ano com assinalações otimistas de 75% e 71%, respectivamente. Do outro lado está o Sudeste, com “apenas” 50%.


Já sobre as expectativas otimistas quanto às ações do governo nos próximos meses, a ANAMACO verificou que teve uma ligeira queda, passando de 55% para 52% entre junho e julho em nível nacional. Em julho do ano passado, esse indicador era de 64%. Regionalmente, houve recuo em todas as regiões entre junho e julho deste ano exceto no Centro Oeste, onde o indicador permaneceu estável.

Considerando as revendas por porte (número de empregados), houve queda expressiva nas assinalações otimistas entre os pequenos varejistas (até 4 colaboradores). Nessa categoria, o indicador passou de 56% em junho para 38% em julho. Nas revendas com 50 empregados ou mais, ao contrário, as assinalações otimistas passaram de 55% para 60% na comparação mensal.

*Com informações da ANAMACO.

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