Publicado em 23/10/2018Laje de EPS: conheça as vantagens
Laje de EPS possui baixa massa específicaCréditos: Shutterstock

Laje de EPS: conheça as vantagens

Aplicação apresenta baixa massa específica e facilidade de produção, manuseio, transporte e armazenagem

A laje de EPS tem sido uma alternativa para edificações, plataformas marítimas, flutuantes e pontes. De acordo com a professora Elizabeth Montefusco, do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia, ela apresenta características, como baixa massa específica, e facilidade de produção, manuseio, transporte e armazenamento. Além disso, fluidez maior que o concreto convencional, pouco tempo para desmoldagem, reduzido tempo de cura, elevado isolamento térmico e acústico, e altos valores de resistência mecânica e finais satisfatórios para emprego estrutural.

Quando comparadas às lajes mais utilizadas pela construção civil, como maciças moldadas in loco, compostas por vigotas treliçadas pré-moldadas e painéis treliçados, as lajes de EPS trazem algumas vantagens interessantes para a construtora. “Esses tipos exigem muitas intervenções na obra, o que não é bom tendo em vista a escassez e qualidade da mão de obra”, ressalta a docente do Instituto Mauá de Tecnologia.

As lajes maciças pré-fabricadas apresentam alto peso para o transporte. “Assim sendo, o emprego do EPS nas lajes maciças pré-moldadas minimiza a desvantagem da convencional, reduzindo custos do transporte, de equipamentos e da fundação”, complementa Elizabeth.

 

Características da laje de EPS

  • Peso específico do material moldado de 17 a 19 kg/m3;
  • Baixa absorção de água;
  • Isolante térmico;
  • Imune a fungos e bactérias;
  • O EPS é 100% reciclável e livre de CFC e HCFC.

 

Vantagens da laje de EPS

  • Concreto com agregados leves em uma estrutura implica em custo total menor, em função da redução de peso próprio e redução de custo da fundação;
  • No caso das pré-fabricadas, redução do custo de transporte por unidade de volume de concreto. Possibilidade de produzir peças com dimensões maiores, utilizando os mesmos equipamentos da fábrica e do canteiro;
  • Economia em fôrmas e cimbramentos;
  • Redução do tempo de montagem;
  • Na questão ambiental, a incorporação de EPS na produção do concreto agrega aspectos positivos ambientais, tendo em vista a possibilidade do emprego de resíduos de materiais dessa natureza;
  • Apesar de apresentar porosidade que permitiria a penetração de CO² até determinada profundidade, devido ao seu teor alcalino, não ocorre diminuição do PH. Não ocorrendo, portanto, a despassivação do aço colocado em seu interior, o que poderia implicar em maior vida útil, comparado com concreto convencional.

Desvantagens

  • A resistência é inferior ao concreto convencional;
  • Preço em relação à cerâmica;

Considerações da fabricação

De acordo com a docente do Instituto Mauá de Tecnologia, deve-se considerar que o concreto é constituído de Poliestireno Expandido (EPS), que, em geral, substitui o agregado graúdo e parte do miúdo com tamanhos controlados em diferentes diâmetros, compondo a granulometria para a aplicação em lajes.

“O estudo do empacotamento de partículas é imprescindível para otimizar a dosagem do concreto leve, trazendo benefícios como aumento de coesão, resistência, redução de exsudação, segregação e consumo de cimento”, ressalta Elizabeth.

O EPS atua como agregado no processo de mistura do concreto e como incorporador de ar, homogeneamente distribuído na resistência do material. Por isso, a análise de resistência é necessária para viabilizar sua escolha em projeto. Em caso de utilização do EPS, ele deve ser incorporado ao concreto, seguindo as especificações dele e reduzindo, consequentemente, sua massa específica.

Cuidados

  • O processo de instalação  da laje de EPS é semelhante ao processo do concreto convencional, que utiliza misturadores, como caminhões betoneiras;
  • É preciso se atentar quanto ao lançamento do concreto leve por bomba para a execução da laje, garantindo que não haja obstrução dos dutos;
  • Quando necessário, deve-se ter atenção ao tempo de uso dos vibradores de imersão para garantir adequada energia de adensamento;
  • Também é fundamental seguir as restrições do fabricante com relação aos cuidados de transporte, estocagem e içamento das lajes de EPS.
  • Com relação às lajes pré-fabricadas, o cuidado é com o transporte e manuseio, devido a sua fragilidade. “No mercado existe uma série de materiais que compõem as lajes pré-fabricadas. Este sistema é um dos mais comuns para a construção em residências de pequeno porte”, conta Caroline Valadão, engenheira civil e professora da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

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