Apesar de não ser predominante em construções residenciais, o sistema construtivo de concreto pré-fabricado está fortemente presente em setores como o de construção industrial, atingindo elevado grau de sofisticação técnica. A avaliação é do arquiteto Bruno Roberto Padovano, coordenador científico do NUTAU/USP (Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) e membro do júri do 6º. Prêmio Nacional de Pré-Fabricados de Concretos para Estudantes. Mas essa tendência no segmento de construção residencial está mudando no Brasil e em vários países.

A industrialização e o aumento do consumo geraram altos salários e pressões trabalhistas que favorecem as construções executadas em aço e concreto pré-fabricado, afirma Padovano. Isso porque elas reduzem os custos gerais das obras, através de prazos mais curtos de execução, melhor controle de qualidade e canteiros limpos, com expressiva redução de entulho, que também auxilia nos cuidados com o meio ambiente, explica.

Para exemplificar essa mudança no País, o arquiteto cita a oportunidade para a construção industrializada na área habitacional oferecida pelo Programa Minha Casa Minha Vida, com 3 milhões de unidades, lançado em 2009. Em relação às universidades brasileiras, Padovano acredita que o sistema construtivo ainda é pouco explorado e merece maior atenção: O ambiente universitário é propício para a criatividade e a inovação. É fundamental que os nossos formandos saiam das escolas com um adequado embasamento técnico para lidar com a aplicação crescente dos pré-fabricados na construção civil, no Brasil e no exterior, diz.

A Votorantim Cimentos participou da construção do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, fornecendo mais de 180 mil m³ em 50 traços de concreto.

 

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