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Publicado em 16/09/2019FGTS para construção: entenda o momento que passa esse recurso
FGTS é uma importante fonte para recursos do financiamento imobiliário.Créditos: Shutterstock

FGTS para construção: entenda o momento que passa esse recurso

Liberação do saque do FGTS preocupa setor da indústria da construção

A situação atual da liberação do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS) tem preocupado bastante o setor da construção civil, principalmente, pelo impacto dos recursos nos financiamentos imobiliários – uma vez que ele é um recurso de financiamento muito importante para o mercado. Por um lado, a liberação do recurso pretende ajudar o PIB a crescer acima de 1%, por outro, pode trazer consequências negativas para a construção civil, principalmente no financiamento imobiliário.

Assim que a notícia sobre a liberação do saque do FGTS foi divulgada, o apoio técnico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) se reuniu se com o Governo Federal para discutir o tema. De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ao olhar para o orçamento do Governo Federal para o setor até 2022, a primeira conclusão que é possível obter é de que faltará dinheiro. “Mas o governo está muito certo de que não vai faltar, então, ele deve ter alguma carta na manga para deixar isso sob controle”, complementa.

 

Recursos: além do FGTS para construção

A poupança SBPE e o FGTS são os principais tipos de fontes para financiamentos imobiliários atualmente. Com uma captação líquida baixa, a poupança SBPE já tem sido motivo de preocupação para o setor. Atrelado a isso, com a liberação do saque extra do FGTS, a preocupação dobra. “A gente entende que em breve teremos uma leitura mais precisa quanto a isso e esperar para entender qual será a engenharia financeira utilizada nesse processo”, prevê o presidente da CBIC.

Essas duas grandes fontes de recursos com problemas impactam de forma mais efetiva as classes mais baixas. “A caderneta de poupança tem o problema da forma de remuneração que está ficando extremamente sem atratividade, porque ela fornece 70% da SELIC, que hoje está em torno de 4%”, explica José Carlos Martins.

 

Como recuperar a economia

De acordo com o presidente da CBIC, o principal para recuperar a economia é começar a praticar uma taxa de juros somada ao reajuste de preços. “Hoje um financiamento, por exemplo, em um banco X, é de 9%. Na verdade, 4% de inflação e 5% de juros. Com 5% de juros e a inflação corrigindo ao longo da prestação, é possível começar a reciclar dinheiro”, explica.

Para Ricardo Teixeira, diretor da Urbs – imobiliária de Goiânia – a liberação do saque do FGTS não vai gerar resultados negativos para o setor e não influencia o curto prazo. “Para o mercado imobiliário, os valores são menores, mas ela cria um cenário de motivação e de entusiasmo, que gera um movimento no comércio. Porque o imóvel é o último bem da cadeia, então, primeiro aquece o mercado de linha branca – geladeira, fogão, eletrodomésticos – e depois aquece veículo. Por último, o mercado de imóveis”, explica o diretor da imobiliária. “Mas se você pensar isso como uma cadeia, ajuda muito porque começa a movimentar o comércio como um todo – e isso reverbera no mercado imobiliário – mas em curto prazo não influencia. O que se está aguardando é um novo destino para o MCMV, provavelmente, terá um novo anúncio com um projeto voltado para esse segmento de mobilização de moradias populares”, complementa.

Quer saber mais sobre os financiamentos imobiliários? Confira os resultados do primeiro trimestre de 2019: https://www.mapadaobra.com.br/negocios/financiamento-imobiliario/

 

 

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