Publicado por Carla Rocha em 29/05/2020E-commerce nas lojas de materiais de construção: funciona?
Principais desafios estão na conquista do público a realizar a compra on-line diante de um mercado repleto de opções.Créditos: Shutterstock

E-commerce nas lojas de materiais de construção: funciona?

Em meio à crise é preciso testar novas possibilidades para realizar um serviço de qualidade

Logo no começo do ano, as notícias sobre a disseminação de um vírus desconhecido até então, trouxe apreensão para todos os setores da economia, incluindo, o varejo de materiais de construção. Com isso, os empresários e pequenos lojistas tiveram que se adaptar a uma nova realidade nada animadora e criar novas estratégias para aumentar as vendas da loja.

Afinal, alguns tiveram que fechar as portas por conta do isolamento social e outros precisavam atuar de acordo com a lei vigente de cada cidade/estado. Mas, uma coisa que está se tornando latente para todos, é a necessidade de mudanças na forma de vender e atuar no mercado do varejo de construção frente à concorrência, principalmente, com os grandes e-commerce e marketplaces da internet – local que antes ganhava cada vez mais espaço com os jovens, e que agora conquista uma parcela maior de público, em meio à obrigatoriedade do isolamento social.

De acordo com Alain Ryckeboer, CEO da Leroy Merlin Brasil, rede de lojas de materiais de construção, acabamento, decoração, jardinagem e bricolagem, fundada na França em 1923, ninguém está preparado para o fechamento das lojas físicas e agora mais do que nunca os clientes vão até o ambiente online para pesquisar preços e informações sobre produtos, tornando a internet, hoje, a primeira opção para o cliente escolher a sua loja física. “Fizemos estudos e constatamos que 60% dos clientes pesquisam primeiro no  ambiente online e hoje após a crise, posso arriscar que esse número aumentou/pode aumentar para mais de 90%”, destacou durante uma live recente organizada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO).

Ainda de acordo com ele, a rede de lojas conta atualmente com 42 unidades no Brasil, das quais 40 estão abertas, (apenas a de Niterói e Fortaleza estão fechadas). Das lojas abertas, algumas estão com horário reduzido e outras estão ficando abertas por mais tempo, como a de São Paulo. “Isso, obviamente, com uma mudança dos clientes e funcionários de acordo com a necessidade e medidas de segurança”, ressalta.

 

Varejo online ganha destaque em meio a pandemia

 

A construção ainda tem muita dependência do mundo físico e essa é uma lição de casa para os empresários e lojistas, porque quem perdeu com essa crise, sem dúvidas, foi esse tipo de comércio que exige a presença física das pessoas para funcionar. “Ganhou-se no varejo online, alguns exemplos como a Americanas, Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre, entre outras lojas deste universo que estão mais adaptadas a esse tipo de situação”, enfatizou o presidente do home center. É preciso ter um estoque bem organizado, produtos de qualidade, logística e entrega, capacidade para cadastramento de várias SKU’s, bem como fornecedores de qualidade e, além de tudo isso, ainda é preciso ter o controle de toda a operação. Confira abaixo as principais dicas para não parar a loja na quarentena e se preparar para aplicar as vendas no e-commerce:

  •  Testar possibilidades;
  •  Investir em tecnologia;
  •  Investir em capacitação;
  •  Investir em vendas pelo WhatsApp;
  •  Investir em qualidade de produtos;
  •  Investir no sortimento e variedade de produtos com preços competitivos.

Vale destacar que quando se trata de investimento não estamos destacando apenas iniciativas que precisem de recursos financeiros para se tornarem reais. Hoje, algumas plataformas estão oferecendo cursos de capacitação gratuitos, por exemplo. Para começar a testar as tecnologias também, como o contato com seu cliente via WhatsApp, é preciso de organização e de orientação na forma de comunicar, antes mesmo de contabilizar algum custo financeiro. Já para gerar um e-commerce próprio, será preciso dispor de um investimento para criação da plataforma.

O representante da Leroy Merlin, no entanto, acredita que agora mais do que nunca é o momento para investir no e-commerce próprio, que conte com uma plataforma própria, e “pensar como startup” para testar novas possibilidades e meios de realizar um serviço de qualidade ao público, nas vendas online e também na capacitação de funcionários para lidar com as novas tecnologias e com seus efeitos e consequências. “Nós dependemos muito da tecnologia e para isso precisamos ter um sistema que funcione muito bem. A qualidade da tecnologia é muito importante para se divulgar senão a coisa não funciona”, alerta.

 

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