
Cautela com a presença de animais na revenda
Estabelecimentos familiares têm cães, gatos e pássaros; evite problemas com clientes!
Às vezes a relação com o animal de estimação é tão próxima que é preciso levá-lo para todo canto – até mesmo para o ambiente da revenda. Na maioria das empresas, isso não é permitido, mas quando o dono do pet é também o dono da empresa, tudo fica bem mais fácil. É o caso de algumas revendas de material de construção, lojas de empresas familiares em que não há tanta preocupação em atender a regras rigorosas de higiene (como acontece nos restaurantes). Em alguns casos, é até útil ter o animal por perto: “Os pets servem para guardar as lojas [cães] ou até mesmo caçar roedores [gatos]”, diz o veterinário Marcelo Brauer Neves.
Porém, por mais descontraído e familiar que seja o estabelecimento, o ambiente é de trabalho. Por isso é fundamental que esses animais estejam preparados para frequentar o local. “O melhor é educá-los – bastante difícil, quando se trata dos felinos”, pondera Neves. “Há produtos para ensinar animais a fazer suas necessidades em locais específicos, mas pode ser complicado com os machos, que têm o instinto natural de demarcar território.”
A veterinária Veridiana Soares concorda que a boa educação dos pets é o pulo do gato. “Eles devem permanecer calmos, e saber qual é o seu lugar”, diz. Mas os bichos não são máquinas: “Lógico que a personalidade deles influencia bastante no comportamento. Existem animais que se portam como líder da matilha, protegem os demais e podem até mesmo atacar algum cliente”, alerta.
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Cliente tem sempre razão
É preciso ter consciência do instinto animal, independente do pet na revenda ser domesticado ou não. Veridiana considera a castração um jeito interessante de controlar os bichos, e auxilia o processo de educação. “Além disso, evita doenças e fugas”, informa. Mesmo quando o animal é dócil, sempre chegam clientes alérgicos, ou com fobia. Nesses casos, acredita Neves, “o melhor seria deixar os animais em um lugar reservado, sem muito contato com o público”.
Veridiana alerta que a demonstração de medo por parte do cliente pode despertar reações incomuns até em animais que, normalmente, são mais tranquilos.
Se o seu cão faz a segurança da loja, certifique-se de que não faltará, durante a noite, água fresca, alimento e um lugar confortável para ele dormir – que poderá ser um abrigo, uma casinha ou um local coberto, para ficar aquecido e protegido do frio, do vento e da chuva. “Cães de guarda também necessitam de atenção, carinho, passeios na rua e visitas frequentes ao veterinário, como qualquer outro cão de companhia”, relembra a médica.
Foto: Marcelo Scandaroli
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