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Publicado em 20/12/2019Roadmap Tecnológico do Cimento: quais as diretrizes até 2050
Vista da fábrica da Votorantim Cimentos, unidade Xambioá (TO).Créditos: Sérgio Zacchi/Votorantim Cimentos

Roadmap Tecnológico do Cimento: quais as diretrizes até 2050

A busca pela redução da emissão de CO² é uma das principais metas das indústrias cimenteiras

O cimento é um dos insumos básicos para a construção civil de maior relevância no país e que deve continuar apresentando um alto consumo nos próximos anos – isso porque, quando se olha o déficit habitacional e as necessidades de infraestrutura, se sabe que a quantidade de materiais demandados no Brasil para essas construções ainda é imensa. Para produzir esse material tão relevante, é utilizado o clínquer. “Ele é a parte da produção do cimento que emite mais CO², porque para produzi-lo é preciso descarbonatar o carbonato de cálcio”, explica Silvia Vieira, gerente-geral de Pesquisa & Desenvolvimento & Qualidade da Votorantim Cimentos.

 

Reduzir as emissões de CO² e tornar esse processo mais sustentável nas indústrias de cimento é uma das missões das cimenteiras. Para desdobrar o tema, o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) publicou este ano o Roadmap Tecnológico do Cimento, que contém informações sobre o potencial de redução das emissões de carbono da indústria do cimento brasileira até 2050.

 

De acordo com o relatório recentemente publicado, “a indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão específica de CO² no mundo, graças a ações mitigadoras que vêm sendo implementadas pelo setor nas últimas décadas. Enquanto a produção de cimento aumentou 273% entre 1990 e 2014 (de 26 Mt para 71 Mt), a emissão total cresceu apenas 223% nesse intervalo, em virtude da redução de 18% das emissões específicas (de 700 kg CO2/t cimento para 564 kg CO2/t cimento)”.

 

Mesmo com este dado positivo, as ações para diminuir a redução de CO² não podem parar. O objetivo do Roadmap Tecnológico é identificar e desencadear a redução de emissões em médio e longo prazos, olhando para 2020, 2030, 2040 e 2050. “A minha visão é que a indústria de cimento como um todo tem agora um grande desafio que é manter o desenvolvimento técnico como ocorreu nos últimos anos, para conseguir emitir menos CO² mantendo ou melhorando o desempenho dos cimentos que temos hoje. E isso não é uma coisa opcional, temos que emitir cada vez menos CO² nos próximos anos”, destaca Maurício Bianchini, gerente técnico de mercado da Votorantim Cimentos.

 

Como diminuir o fator clínquer?

 

Para diminuir esse fator é preciso utilizar materiais alternativos para substitui-lo na produção do cimento. A Votorantim Cimentos trabalha, anualmente, com metas de redução da emissão de CO² em suas fábricas e, para exemplificar, Silvia Vieira da área de Pesquisa & Desenvolvimento & Qualidade contou um excelente resultado que a indústria alcançou em 2018. “Conseguimos reduzir a emissão de CO² com a redução do fator clínquer, ou seja, pela sua substituição, e redução alcançada em 2018 equivaleu a emissão de CO² da fábrica de Xambioá (TO) de um ano inteiro”, destaca. Para conseguir essa redução foram utilizados materiais alternativos, como a escória de alto-forno, que é um subproduto da produção do aço, e a cinza volante, que é um resíduo da geração de energia na usina termoelétrica. Outra insumo importante foi a argila natural. “Era um material natural que estava dentro da nossa planta mesmo, ou seja, não tivemos tanto custo de frete, tanta energia de transporte, e isso também contribuiu para a redução de CO² ”, ressalta Silvia.

 

Quer saber como a Votorantim Cimentos iniciou o uso de pozolanas de argila calcinada em suas fábricas? Confira neste e-book gratuito elaborado pelo Mapa da Obra: http://conteudo.mapadaobra.com.br/pozolanas-de-argila

 

 

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