Publicado em 07/09/2017Saiba escolher corretamente o piso para piscinas
Boa alternativa para o entorno das piscinas, os pisos de pedra são ásperos e antiderrapantes, evitando acidentes.Créditos: Artazum / shutterstock.com

Saiba escolher corretamente o piso para piscinas

Solução ideal é aquela que consegue aliar alto índice de rugosidade com baixa absorção de calor

Para evitar que momentos de diversão se transformem em preocupações, piscinas precisam ser cuidadosamente projetadas. Dentro do planejamento está a escolha correta do piso de piscina e o entorno, uma vez que materiais inapropriados podem causar desconfortos, provocar escorregões ou acidentes mais graves.

“São vários tipos indicados de piso de piscina. O ideal é sempre procurar por soluções antiderrapantes e os chamados atérmicos, que apresentam baixa absorção de calor e, portanto, não queimam os pés”, destaca o engenheiro Bruno Alexandre Mainardi Noal, integrante do departamento de Desenvolvimento Técnico da Votorantim Cimentos.

Há alguns anos, passou a ser empregado no país o piso cimentício drenante, que tem a capacidade de escoar para o solo mais de 90% da água derramada sobre ele. Essa característica o torna bastante interessante para uso ao redor das piscinas. “Os granilites fulgê também são indicados como piso de piscina e vêm ganhando espaço nesse ambiente”, diz o profissional.

Por outro lado, pisos bastante lisos, como cerâmicas ou porcelanatos sem nenhum tipo de tratamento, devem ser evitados. “Esses produtos acabam trazendo riscos aos usuários”, adverte Noal.

Requisitos de segurança

A rugosidade é uma das principais propriedades que precisam ser analisadas nos tipo de piso para piscinas, sendo que, quanto maior for esse índice, maior será a capacidade de o produto evitar tombos. No mercado, existem opções fabricadas a partir de diferentes matérias-primas e que estão de acordo com as normas técnicas. “Há, inclusive, tratamentos que são aplicados às cerâmicas e porcelanatos para torná-los antiderrapantes”, informa o especialista.

Conforto térmico

Para evitar que as pessoas queimem os pés ao caminhar pelos arredores das piscinas durante dias de sol intenso, a escolha do piso precisa considerar a absorção de calor de cada material. As opções que menos esquentam são as madeiras e alguns tipos de pedras naturais, além de algumas linhas de cerâmica e porcelanato.

“O que vem aumentando é a especificação de pisos cimentícios preparados para absorver menores quantidades de calor. A alternativa acaba ainda proporcionando aspecto mais rústico para essa área”, comenta Noal.

Vantagens e desvantagens

Cada tipo de material apresenta suas vantagens e desvantagens. As pedras, por exemplo, são comumente empregadas por apresentarem aspecto áspero ou rugoso, o suficiente para evitar a ocorrência de acidentes. No entanto, muitas vezes a absorção de calor é deixada de lado e são instalados produtos como ardósia, que aquece bastante. “A pedra São Tomé seria a alternativa, por proporcionar melhor conforto térmico”, recomenda o engenheiro.

Como os pisos granilites consistem em um ligante (como o cimento) misturado a pequenas pedras (como calcário, granilha, mármore, entre outras), eles aliam a baixa absorção de calor com o nível suficiente de rugosidade para evitar escorregões. Outro benefício da solução é a vasta gama de possibilidades para customizar visualmente o piso.

Já os pisos cimentícios drenantes também conseguem proporcionar boa segurança e conforto térmico, porém precisam ser limpos com certa frequência para garantir sua porosidade. “Na sua fabricação, esses materiais estão cada vez mais ‘verdes’ com a incorporação na sua composição de restos da construção civil, além de garrafas pets e pneus”, destaca Noal.

Alternativa bastante especificada são os decks de madeira, que podem ser aliados a outros tipos de pisos. Entretanto, também é uma opção que precisa de manutenção frequente para não apodrecer. O ideal é utilizar madeiras próprias para ambientes externos.

Por fim, pisos cerâmicos são relativamente baratos e garantem baixa manutenção, desde que bem assentados. No entanto, a opção vem perdendo espaço em ambientes de piscinas, sendo substituída pelos arquitetos por novas alternativas e tendências.

Cuidados na execução

Quando são utilizados materiais cimentícios, é necessária a execução de juntas de dilatação a cada 20 m², de acordo com o que determina a ABNT NBR 13753 – Revestimentos de piso interno e externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. “As juntas são responsáveis pela acomodação das peças no momento da dilatação, impedindo o desplacamento”, afirma o engenheiro.

Desplacamento de piso para piscinas
Desplacamento causado pela falta de juntas de dilatação

A execução da dupla colagem, que consiste em aplicar argamassa no chão e no verso do piso, é outra exigência da norma técnica e deve ser realizada quando as peças forem maiores que 30 x 30 cm. A escolha da argamassa ideal também é importante para garantir os benefícios do piso. De acordo com o engenheiro, quando se pensa em cerâmicas ou porcelanatos de até 80 x 80 cm, a Votomassa Piso Sobre Piso e Porcelanatos é a mais indicada. Já para as peças maiores, até 100 x 100 cm, ou no assentamento de mármores ou granitos, a Votomassa ACIII Flexível é a ideal.

Manutenção do piso de piscina

A manutenção está muito ligada ao tipo de material utilizado. Por exemplo, as madeiras precisam de tratamento regularmente com selantes específicos. Já os produtos antiderrapantes, dependendo de sua rugosidade, necessitam de limpeza com jatos d’água pressurizados. Por outro lado, pisos drenantes só têm sua porosidade garantida ao longo do tempo por meio de limpezas frequentes, o que pode ser indesejável para quem espera não ter muito trabalho. “Desde que bem aplicados, os pisos cerâmicos são os que apresentam menor necessidade de manutenção”, finaliza Noal.

 

Outra opção para quem precisa instalar uma piscina em casa são os modelos pré-fabricados. Mas você sabe como fazer a manutenção deles?

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