Publicado em 14/02/2017Dicas para manter piscinas pré-fabricadas em bom estado
Com o passar do tempo o vinil ou a fibra podem desbotar, exigindo lixamento, polimento e pintura com tinta especialCréditos: Elena Elisseeva/ shutterstock.com

Dicas para manter piscinas pré-fabricadas em bom estado

Apesar de serem resistentes e duráveis, as piscinas de vinil e fibra de vidro podem pedir nova pintura e reparos estruturais

As piscinas pré-fabricadas são uma boa pedida para projetos que buscam formatos originais, manutenção simples e preço acessível. Autoportantes e rápidas de instalar (geralmente em uma ou duas semanas), podem ser montadas acima do solo ou abaixo dele, o que envolve o trabalho de escavação de um buraco. Com modelos, profundidades e tamanhos variados, são muito comuns em casas e condomínios residenciais.

Um dos tipos mais usuais é o de resina de poliéster com fibra de vidro, um material de alta durabilidade e que não sofre a ação de agentes químicos, de altas temperaturas e de intempéries. Além disso, elimina a formação de algas, fungos ou bactérias. Também se destaca por evitar rupturas, furos e vazamentos.

Outro modelo bastante comum é o de vinil. Embora seja construído sobre uma estrutura de alvenaria ou de concreto, é fácil de montar, durável e econômico, principalmente por ser totalmente impermeável e dispensar rejunte.

Apesar dessas vantagens, as piscinas pré-fabricadas pedem alguns cuidados para se manterem em bom estado. Conheça alguns deles!

Piscinas de fibra de vidro: problemas e soluções

Com o passar do tempo, a superfície das piscinas pode tornar-se embranquecida e desgastada pelo uso em demasia de materiais de limpeza ou até mesmo de cloro. Por isso, é importante consultar a empresa fornecedora para saber quais produtos são indicados, assim como sua frequência de utilização. Outra dica é utilizar esponja macia, de modo a não arranhar a pintura, e escova com cerdas de nylon nas paredes. As bordas devem ser limpas com produto específico.

Em outras situações, a fibra pode desbotar e comprometer a estética. Uma solução é esvaziar a piscina e lixá-la até ficar bem lisa. Depois, pode-se fazer um polimento, aplicar uma mão de primer acrílico ou de esmalte à base d’água e realizar nova pintura com tinta PU náutica ou tinta epóxi própria para piscinas (tinta epóxi comum não suporta cloro e outros ativos químicos). Uma boa opção é utilizar resina gel-coat, que garante acabamento superficial liso, brilhante e colorido. Se a piscina for revestida com azulejo, recomenda-se aplicar tinta com a pistola de um compressor.

Além disso, falhas de fabricação causam problemas mais extremos, como vazamentos e bolhas, e podem até mesmo exigir a troca do casco ou da piscina como um todo. Daí a importância de especificar o produto com empresas de qualidade reconhecidas no mercado.

Manutenção das piscinas de vinil

O vinil é considerado um material muito sensível e, assim como a de fibra de vidro, pode sofrer avarias pelo uso inadequado de produtos químicos. A tinta pode desbotar com o uso excessivo do cloro e a superfície pode ficar ressecada. A utilização de materiais abrasivos não é indicada para a limpeza, principalmente na borda. Como recomendação, alguns fabricantes informam que o nível de cloro residual deve ser entre 0,5 e 1,5 ppm, e a alcalinidade entre 80 e 120 ppm (consulte sempre um especialista para manusear o produto corretamente).

Deve-se evitar o contato com materiais pontiagudos que possam provocar furos e cortes. Esse problema acontece quando cadeiras ou móveis são colocados dentro ou ao redor da piscina. Nesse caso, o vinil deverá ser trocado para evitar vazamentos. O conserto pode ser feito com a piscina cheia e de forma semelhante ao reparo de pneu. Geralmente, o fabricante comercializa um kit de reparo, que consiste no pedaço do vinil e uma cola especial – ou pasta adesiva. Em situações mais complexas pode ser necessária a troca completa do revestimento.

Vale ressaltar que jamais é recomendado esvaziar a piscina de vinil sem acompanhamento técnico, pois pode causar sérios danos ao revestimento e à estrutura da alvenaria, como rachaduras e trincas. Além disso, o vinil se retrai e surgem algumas rugas, caso não seja reinstalado rapidamente por profissionais.

Evidentemente, o tratamento de água da piscina é fundamental para manter o vinil em bom estado. Algicidas são indicados para prevenir o surgimento de algas e fungos; produtos químicos específicos são aplicados para combater manchas de ferrugens; e um produto para limpar borda remove a oleosidade causada, principalmente, por bronzeadores.

Piscinas com pastilhas de vidro

No caso dos modelos fabricados em concreto ou alvenaria, um dos grandes gargalos está no revestimento. As piscinas com pastilhas de vidro, por exemplo, necessitam de atenção, principalmente durante a instalação. Para que elas não se soltem, deve-se utilizar argamassa adequada para este tipo de aplicação, seguindo as recomendações do fabricante. É indicado o uso de argamassa de alta aderência, como a Votomassa Pastilhas, da Votorantim Cimentos. Trata-se de uma solução de boa trabalhabilidade e que reage muito bem em áreas molhadas.

O rejuntamento é muito importante e deve ser bem feito, pois é um dos grandes motivos de reforma nesse tipo de piscina. Quando mal trabalhado, é necessário utilizar ferramenta especial para a abertura das juntas e aplicar rejunte epóxi para garantir maior durabilidade.

A impermeabilização também é necessária para evitar vazamentos e até mesmo problemas na estrutura da piscina. Por isso, indica-se o uso de diferentes produtos, como argamassas aditivadas com cristalizantes, pinturas cimentícias, aplicação de manta asfáltica entre outros.

 

Preste atenção nos materiais que compõem as bordas das piscinas.

 

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