Publicado em 28/04/2015Revenda de material de construção mostra estabilidade

Revenda de material de construção mostra estabilidade

Efeito da baixa do consumo mostra estabilidade das vendas, mas ainda não há retração

A revenda de material de construção já começa a sentir os primeiros efeitos de um cenário econômico desfavorável. No mês de março, a saída de produtos das lojas do segmento caiu 5,4%, comparado ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado para 2015, a queda atingiu 8,8%.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que mensalmente monitora o setor, a baixa também se repetiu no período acumulado dos últimos 12 meses, com redução de 7,7% no volume de vendas, mas subiu 3,2% frente a fevereiro – mês do ano com o menor número de dias.

“As baixas do primeiro trimestre continuam refletindo a forte queda na atividade das construtoras, tanto no segmento imobiliário como em obras de infraestrutura. O varejo continua positivo, mas não o suficiente para neutralizar a perda geral do setor”, afirma Walter Cover, presidente da Abramat.

Ele explica que todos os segmentos da indústria estão sentindo a crise, e que a restrição ao crédito por parte de instituições financeiras tem influência negativa sobre o consumo das famílias. “Decisões de compra estão sendo postergadas para um momento melhor da economia”, afirma.

Paulo Cantadeiro, um dos sócios da Casa São João, em Guarulhos (SP), confirma os indicadores: “Apesar de trabalharmos com materiais diversos para construção, notamos uma pequena queda, o que ainda não consideramos retração, mas um movimento mais estabilizado. A diferença é que agora passamos a comprar menos para revender, e damos mais folgas aos funcionários”.

Ações que podem ajudar a revenda de material de construção

As promoções têm ajudado Cantadeiro a liquidar estoques de produtos que estavam encalhados. “Estamos concentrando compras nos itens de maior giro para garantir algum lucro e evitar cortes no quadro de pessoal”, conta. Cover acredita, no entanto, que a melhor saída seria a união entre varejistas e outros agentes da cadeia para pleitear medidas de fomento ao consumo:

“A recuperação do setor exige uma adoção urgente de ações em prol da competitividade e do estímulo aos investimentos. Esperamos um incremento das vendas com as obras do Minha Casa Minha Vida (programa habitacional do governo federal), além de outras concessões e os resultados políticos da recente proposta de mudanças na desoneração da folha de pagamento”, afirma o presidente da Abramat.

A associação prevê, para este ano, um crescimento de apenas 1% para o setor, mas mantém expectativas positivas em relação a 2016. “Se houver um processo bem sucedido de ajustes nas contas públicas, o segmento da construção civil e dos materiais de construção estará recuperado no próximo ano”, conclui.

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