Publicado em 12/11/2013Profissão de engenheiro civil é terceira mais bem paga no país

Profissão de engenheiro civil é terceira mais bem paga no país

Profissão foi valorizada ao longo da última década e é, hoje, uma das bem mais pagas no mercado

A profissão de engenheiro civil é a terceira mais bem remunerada no Brasil, ficando atrás de médicos e dentistas, de acordo com mapeamento realizado em julho pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (DISET-IPEA), do Governo Federal. A pesquisa analisou as ocupações de nível técnico e superior que mais geraram empregos e tiveram os maiores ganhos salariais entre 2009 e 2012.

O estudo aponta que o engenheiro civil brasileiro tem salário médio de R$ 5.768,19, e trabalha 42,12 horas semanais. Já arquitetos e urbanistas ficaram em 15º lugar no ranking, com R$ 4.744,30 mensais para 40,36 horas semanais de trabalho. “Entre os dez primeiros aparecem também engenharias elétrica, química e automação”, explica Paulo Meyer Nascimento, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA. Nascimento revela que o estudo não se debruçou sobre as possíveis causas da posição das engenharias no ranking, mas afirma ter havido grande valorização dessas carreiras ao longo da década de 2000.

Marcelo Neri, presidente do IPEA, confirma que um ranking semelhante, feito há alguns anos a partir de dados do Censo Demográfico de 2000, não deu esse mesmo destaque às engenharias. Entre elas, a civil é a que gera mais vagas e garante os melhores salários (em média). Mecânica, metalúrgica, elétrica, automação, química e computação também se destacaram. Considerando apenas a geração de novas vagas (independente do nível salarial), são as engenharias de produção, de qualidade e de segurança que têm maior relevo.

“Houve forte desvalorização da carreira nas décadas de 80 e 90, e poucos optaram por essas graduações, o que se traduz, hoje, em relativa escassez de profissionais na faixa dos 35 aos 50 anos de idade. O problema é que hoje o mercado precisa de profissionais nesta faixa etária para funções de supervisão e gerência, porque, em tese, já teriam experiência mais sólida e maturidade”, pondera. O resultado é o atual vácuo de possíveis gerentes de obra no mercado da construção, o que tem dado entrada a profissionais cada vez mais jovens.

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