Publicado em 26/08/2014Lojas de materiais: julho fecha em alta

Lojas de materiais: julho fecha em alta

Na contramão da economia, lojas de materiais venderam 22% mais que em junho

O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas registrou queda de 1,2% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2013, segundo pesquisa Indicadores Sebrae-SP, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. O recuo foi acompanhado de uma acentuada deterioração das expectativas desses empresários: em maio, 26% deles disseram esperar piora na atividade econômica nos próximos seis meses. Em maio do ano passado, a parcela dos que acreditavam nessa possibilidade era de apenas 10%. Apesar dos números do Sebrae refletirem realidade de diversos setores, as lojas de materiais de construção parecem andar na contramão do tráfego pessimista.

Segundo Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), este varejo também apresentou queda de vendas desde o início de 2014, “mas surpreendentemente, em julho, tiveram crescimento de 22%, na comparação com junho”, revela.

No comparativo com julho de 2013, a evolução das vendas também não decepcionou: em 2014 tivemos 5% a mais, segundo os dados da última Pesquisa Anamaco de julho (margem de erro de 4,3 pontos percentuais). “Essa reação aconteceu em lojas de todos os portes – pequeno, médio e grande -, e em todas as regiões do país.

Para essas microempresas, houve uma recuperação. Mas como ela foi pontual, o acumulado de 2014 ainda está no negativo, com 3,5 % de retração”, explica o presidente.  Este índice não assusta Cláudio Conz, que prefere acreditar numa melhora até dezembro: “Nossa expectativa é que o setor feche 2014 com crescimento total de 3,5%, em comparação com 2013”, conta.

Em 2013, o crescimento total foi de 4,4% em relação a 2012. Revendas de materiais de construção registraram seu recorde de faturamento: mais de R$ 57 bilhões.
“Se a tendência de julho se confirmar, teremos mais um ano de crescimento e de faturamento recorde. O segundo semestre geralmente corresponde por 60% das vendas de todo o ano, e isso não é só nas pequenas revendas, mas em todo o setor varejista para a construção.”

Das 144 mil lojas de materiais existentes no Brasil atualmente, 66% são de pequeno porte, e cerca de 85 mil delas têm até quatro empregados. A Anamaco divulgou que esses estabelecimentos tiveram em junho último o pior mês de vendas dos últimos cinco anos, mas ainda assim continuam otimistas em relação ao segundo semestre de 2014.

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