Trincas, rachaduras e fissuras: entenda as diferenças e como evitá-las
São anomalias que aparecem principalmente nas paredes de alvenaria
Apesar de possuir nomes diferentes, as trincas, fissuras e rachaduras, são patologias muito parecidas. De maneira geral, as fissuras ocorrem quando as tensões suportadas pelo material utilizado são inferiores às deformações causadas pelos mesmos. A liberação desta tensão ocasiona no alívio do sistema. O que difere as trincas, rachaduras e fissuras é, principalmente, a espessura e o “tempo de vida” desta abertura. Essas anomalias podem ocorrer devido a falhas no projeto, materiais e execução, e é importante analisar quais as suas principais causas, pois sempre é uma preocupação quando qualquer componente de uma edificação deixa de atender aos requisitos mínimos para os quais foi projetado.
A causa mais comum dessas patologias em revestimentos se dá por conta da dilatação/retração térmica, recalques de apoio, uso inadequado do material, estruturas projetadas indevidamente ou em sobrecarga e até mesmo a retração do cimento, que pode ocorrer por motivos químicos (ataque por sulfatos, por exemplo) entre outros. De acordo com Eliton Sorriso, do Canal Faça a Sua Obra, a principal diferença é que uma trinca de movimentação possui até 2 mm enquanto a estrutural pode abrir até meio centímetro. “É possível corrigir trincas e fissuras utilizando um selante especial para preenchimento”, destaca.
Confira abaixo o vídeo completo no canal do influenciador, onde ele ensina como lidar com esse tipo de patologia: https://www.youtube.com/watch?v=BFmAJbFEaZM
Outro ponto importante para ressaltar é que a correção e tratamento das microfissuras devem ser feitas antes de realizar o acabamento de paredes. As fissuras são anomalias que aparecem, principalmente, nas paredes de alvenaria como aberturas com até 0,5 mm. Já as rachaduras são evoluções das trincas que, quando não são cuidadas devidamente, podem comprometer toda a estrutura de uma edificação, através das quais podem causar vazamentos por conta da chuva e mudanças bruscas de temperatura, pois através delas podem passar vento e umidade e causar problemas ainda maiores quando elas avançam para rachaduras maiores.
Atenção redobrada no pós-obra para evitar tais patologias
Após a finalização de uma obra, é imprescindível realizar alguns cuidados que merecem atenção como, a manutenção para verificar as condições do mesmo. Esse acompanhamento pode e dever ser realizado até mesmo antes da obra estar finalizada, pois o surgimento de trincas, fissuras e rachaduras pode manifestar-se em qualquer momento da obra ou vida útil do imóvel. Existem vários tipos de trincas que são muito comuns e aparecem nas paredes tanto de casas quanto em muros. “Existe a trinca estrutural e também as trincas de movimentação que são aquelas bem parecidas com fissuras”, complementa. Muitas vezes, as rachaduras, trincas e fissuras são causadas por motivos simples e de fácil resolução, porém algumas delas podem indicar sérios riscos à edificação e a todos que vivem nela.
Existem também aquelas patologias que são causadas por fatores externos como, incidência de chuvas e ventanias, ou até mesmo, por conta de obras adjacentes em fase tanto de reforma como construção, execução de pavimentação de alguma rua nas proximidades, onde há presença e trepidação de máquinas pesadas, alteração do fluxo de veículos em ruas paralelas etc. Em linhas gerais, tanto as trincas quanto as fissuras são fendas que podem ocorrer tanto em partes estruturais como lajes, pilares e vigas, quanto em paredes e muros. Por isso, a avaliação de solo é tão importante, pois cortes acentuados de terreno para a construção de cisternas próximas, pavimentos subsolos ou mesmo muros de arrimo, podem provocar deslocamentos estruturais, gerando fendas e rachaduras em paredes ou outras superfícies.
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