A existência da caixa de gordura é tão fundamental à habitabilidade de uma residência quanto se preocupar com conforto térmico ou acústico. Ela contribui para o bom funcionamento do sistema de esgoto, impedindo que a gordura despejada nos ralos da cozinha misture-se à água da louça e caia diretamente na rede coletora.

Ao evitar que a gordura se acumule nas fossas, a caixa protege o sistema hidráulico residencial – é esta gordura que provoca entupimentos. Para isso, o equipamento é instalado em algum ponto entre a pia da cozinha e a rede coletora de esgoto ou fossa, realizando a separação dos materiais a partir de um processo físico-químico.

A gordura é mais leve que a própria água, por isso a mistura acumulada na caixa, vinda do ralo da pia, deixa a camada de gordura flutuar. Uma divisória interna funciona como filtro, de forma a liberar a água da mistura, e reter a gordura – que será depois retirada da caixa, manualmente, ou com limpeza mecânica, por empresa especializada.

Há dois modelos de caixa de gordura: em PVC ou alvenaria (blocos ou tijolos). Caixas de PVC podem ser compradas em lojas de materiais de construção, e já vêm com um cesto acumulador de gordura – o que facilita a limpeza manual.

“A manutenção da caixa de alvenaria é feita uma vez a cada seis meses, por empresa especializada”, explica o professor Ronaldo Takeshi Suzuki, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ela possui um sifão que detém a gordura dentro da caixa, impedindo que seja transportada pela tubulação hidráulica.

Foto: Divulgação Tigre

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