
Como executar a impermeabilização de forma correta
Um projeto de impermeabilização, normalmente, é constituído de três etapas sucessivas
A impermeabilização é uma das etapas mais importante de uma obra por conta da sua proteção contra a deterioração causada pela água e, até mesmo, por outros agentes agressivos que, em contato direto com a umidade, acabam causando problemas sérios ao concreto. Por isso, a utilização dos impermeabilizantes é fundamental, pois eles garantem a durabilidade da edificação. Para a garantia de uma boa impermeabilização nos projetos das construções e edificações, devem ser levados em conta os seguintes itens imprescindíveis da Norma de Acessibilidade (ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos):
- Acesso e condição de manutenção e conservação;
- Durabilidade prevista para a impermeabilização;
- Riscos e segurança patrimonial;
- Sendo a construção de uma edificação habitacional, também devem ser consideradas as recomendações da norma ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho.
Veja abaixo as principais etapas de um projeto de impermeabilização
De acordo com o Guia de Aplicação da Norma de Desempenho para Impermeabilização do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), um projeto de impermeabilização normalmente é constituído por três etapas sucessivas: estudo preliminar, projeto básico de impermeabilização e projeto executivo de impermeabilização (ABNT NBR 9575:2010). O estudo preliminar é composto por um conjunto de informações legais que contam com diversas técnicas de custos, além de dados analíticos que tem como objetivo determinar e quantificar as áreas a serem impermeabilizadas, de forma a atender aos requisitos de desempenho em relação à estanqueidade dos elementos construtivos e à durabilidade frente à ação de fluidos, vapores e umidade.
O projeto básico de impermeabilização é o conjunto de informações gráficas e descritivas que definem as soluções de impermeabilização a serem adotadas numa dada construção, de forma a atender às exigências de desempenho, em relação à estanqueidade dos elementos construtivos e durabilidade frente à ação dos fluidos, vapores e umidade. Pela sua característica, deve ser feito durante a etapa de coordenação geral das atividades de projeto. Já o projeto executivo de impermeabilização é o conjunto de informações gráficas e descritivas que detalha e específica, de uma forma integral e inequívoca, todos os sistemas de impermeabilização a serem empregados numa dada construção. Pela sua característica, é um projeto especializado e deve ser feito concomitantemente aos demais projetos executivos, seguindo ainda a ABNT NBR 9575:2010.
Tal elaboração de projeto de impermeabilização deve ser feito de forma integrada com os demais projetos da edificação, podendo integrar a plataforma de modelização Building Information Modeling (BIM).
Conheça as diferenças e aplicações da impermeabilização rígida e da flexível:
Os impermeabilizantes dividem-se em rígidos (aqueles que utilizam materiais como argamassa impermeável e argamassa polimérica) e flexíveis (utilizam membranas acrílicas, termoplásticas, asfálticas, de poliuretano, poliuretano com asfalto etc., aplicadas no local da obra, bem como mantas pré-fabricadas, que podem ser asfálticas, de PVC ou EPDM).
A impermeabilização rígida não suporta a movimentação da estrutura, por isso é usualmente aplicada em estruturas não sujeitas à fissuração ou a grandes deformações. Já as flexíveis, possuem a capacidade de se alongar em função da exigência estrutural e de absorver a fissuração se forem adequadamente especificadas.
Confira a classificação dos sistemas quanto à flexibilidade:
• Sistemas rígidos: não suportam nenhuma movimentação da estrutura, por isso, são utilizados em estruturas não sujeitas à fissuração ou grandes deformações;
• Sistemas flexíveis: possuem a capacidade de se alongar em função da exigência estrutural, podem absorver fissuração desde que adequadamente especificados. Para que os sistemas sejam caracterizados como flexíveis, devem ser submetidos a ensaio específico.
Ainda de acordo com o guia, a norma ABNT NBR 15575 define o comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas e também requisitos (qualitativos), critérios objetivos (quantitativos) e os métodos de avaliação que devem ser realizados por instituições de ensino ou pesquisa, laboratórios especializados, empresas de tecnologia ou profissionais de reconhecida capacidade técnica. Atender a Norma de Desempenho implica essencialmente em: atender as normas já existentes.
Material elaborado com base no Guia de Aplicação da Norma de Desempenho para Impermeabilização do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).