
CBIC disponibiliza guia sobre a NBR 15575
Guia da NBR 15.575 traz orientações para que a norma seja aplicada corretamente
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) produziu o Guia Orientativo para atendimento à Norma ABNT NBR 15575 a primeira norma que associa a qualidade de produtos ao resultado que eles conferem ao consumidor, com instruções claras e transparentes de como fazer essa avaliação.
Com sua primeira versão editada em 2008, depois revisada em 2013, a NBR 15575 estabelece parâmetros técnicos para diversos requisitos importantes de toda e qualquer unidade habitacional, como desempenho acústico e térmico, durabilidade, garantia e vida útil, determinando um nível mínimo obrigatório para cada um deles.
A norma também tem como características estabelecer as responsabilidades de todos os envolvidos na construção da edificação: construtores, incorporadores, projetistas, fabricantes de materiais, administradores condominiais e os próprios usuários.
Redigida segundo modelos internacionais de normalização de desempenho, a NBR 15575 possui seis partes, cada uma organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência de exigências relativas à segurança (desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso e operação), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental).
Mais sobre a NBR 15575
Parte 1 – Requisitos Gerais
Com um caráter de orientação geral, funciona como um índice de referência, trazendo aspectos de natureza geral e critérios que envolvem a norma como um todo. Apresenta o conceito de vida útil do projeto, definição de responsabilidades e parâmetros de desempenho mínimos, intermediário e superior.
Parte 2 – Estrutura
Trata dos requisitos para os sistemas estruturais de edificações habitacionais; estabelece quais são os critérios de estabilidade e resistência do imóvel, indicando, inclusive, métodos para medir quais os tipos de impacto que a estrutura deve suportar sem que apresente falhas ou rachaduras.
Parte 3 – Sistemas de Piso
O texto normatiza os sistemas de pisos internos e externos, define o sistema de pisos como a combinação de diversos elementos, o que inclui o contrapiso, por exemplo, e não somente a camada de revestimento ou acabamento. Apresenta definições para coeficiente de atrito e resistência ao escorregamento.
Parte 4 – Vedações Verticais
Os desempenhos estabelecidos para os sistemas de vedação vertical em uma edificação – basicamente, o conjunto de paredes e esquadrias (portas, janelas e fachadas) – referem-se a requisitos como estanqueidade ao ar, à água, a rajadas de ventos e ao conforto acústico e térmico.
Parte 5 – Coberturas
Não há grandes novidades relativas aos sistemas de coberturas, mas aprimoramentos em relação a outras normas. Entre os principais requisitos tratados estão a reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento e a resistência ao fogo do sistema de cobertura.
Parte 6 – Sistemas hidrossanitários
Compreende os sistemas prediais de água fria e de água quente, de esgoto sanitário e ventilação, além dos sistemas prediais de águas pluviais. O texto explora conceitos como a durabilidade dos sistemas, a previsão e antecipação de critérios para a manutenção da edificação e suas partes, bem como o funcionamento dos sistemas hidrossanitários. Há considerações sobre a separação física dos sistemas de água fria potável e não potável, em consonância com as tendências atuais de reúso de água.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção produziu o Guia Orientativo para atendimento à Norma ABNT NBR 15.575, clique aqui para acessá-lo.
Confira também a NR 18, referente às Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil