
Como aplicar os quatro pilares da gestão sustentável na construção civil
Seguir esses pilares assegura a sustentabilidade do setor e ajuda na construção de empreendimentos mais eficientes e responsáveis.
A sustentabilidade, antes vista como uma tendência, se tornou uma exigência e um diferencial para muitos setores, incluindo a construção civil. Nesse cenário, os chamados pilares da gestão sustentável ganham cada vez mais relevância!
Obras e empresas que possuem alto consumo de recursos naturais e geração de resíduos, por exemplo, encontram na gestão sustentável uma maneira de contribuir positivamente para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
Neste artigo, entenda como colocar a sustentabilidade em prática na construção civil seguindo os quatro pilares da gestão sustentável: ambiental, social, econômico e governança.
O que é gestão sustentável na construção civil?
A gestão sustentável na construção civil consiste em planejar, executar e monitorar obras com foco no equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a preservação ambiental, o bem-estar social e a governança ética e transparente.
Essa gestão é essencial para assegurar a sustentabilidade do setor, que ainda é reconhecido como um dos que mais impacta o meio ambiente, além de ser um diferencial estratégico, já que boas práticas atraem clientes, investidores e parceiros atentos à pauta socioambiental.
Quais os pilares da gestão sustentável e como se aplicam?
Os quatro pilares da gestão sustentável orientam decisões e ações que vão do planejamento até a execução e a manutenção de obras.
Quando integrados à construção civil, esses pilares ajudam a desenvolver empreendimentos mais eficientes e duradouros, com processos éticos e alinhados às demandas de responsabilidade socioambiental do presente e do futuro.
Saiba mais sobre os pilares ambiental, social, econômico e governança e suas aplicações no setor:
Pilar Ambiental
Este pilar está relacionado à redução dos impactos ambientais gerados ao longo do ciclo de vida da construção. Algumas de suas aplicações práticas são:
- Preferir materiais sustentáveis, como madeira certificada, cimento ecológico e tijolos de solo-cimento.
- Aproveitar os recursos naturais, como reuso de água da chuva e energia solar.
- Gerir os resíduos de maneira eficiente, com coleta seletiva e reaproveitamento de entulho.
- Garantir certificações verdes, como LEED, AQUA-HQE e EDGE.
- Integrar práticas de economia circular ao canteiro, reaproveitando insumos e fechando o ciclo produtivo com menos desperdício.
- Adotar tecnologias inovadoras como o Coprocessamento, que transforma diferentes tipos de resíduos em fonte de energia limpa.
A Verdera, negócio da Votorantim Cimentos especializado na gestão e destinação sustentável de resíduos, é um dos nomes mais fortes do Coprocessamento no Brasil. Todos os anos, toneladas de resíduos são utilizados como combustível alternativo para a produção de cimento, reduzindo os passivos ambientais, as emissões de CO₂ e o envio de descartes para aterros.
Pilar Social
O pilar social é focado no bem-estar das pessoas e algumas de suas aplicações incluem:
- Condições dignas e seguras de trabalho para colaboradores.
- Treinamentos em segurança e capacitação técnica.
- Inclusão de mão de obra local e promoção da diversidade.
- Relacionamento transparente com a comunidade do entorno do empreendimento.
- Acessibilidade nos projetos arquitetônicos.
Pilar Econômico
Já este pilar envolve a viabilidade financeira dos projetos, com foco na eficiência operacional. Suas aplicações na construção civil envolvem:
- Planejamento de orçamento com base no uso racional de recursos e na geração de valor ao longo do tempo.
- Investimento em tecnologias para produtividade, como BIM, construção modular e outros sistemas construtivos inovadores.
- Gestão de suprimentos com fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis.
- Redução de retrabalhos e desperdícios por meio do controle de qualidade.
Pilar de Governança
Transparência, ética e conformidade na gestão da construção fazem parte do pilar de governança, além de:
- Cumprimento de leis ambientais, trabalhistas e urbanísticas.
- Adoção de códigos de conduta e políticas anticorrupção.
- Relação horizontal com investidores, clientes e órgãos públicos, fortalecendo a confiança entre todos os envolvidos.
- Auditorias periódicas, controle de compliance e relatórios de sustentabilidade.
- Inclusão de critérios sustentáveis no planejamento estratégico das construtoras.
Como colocar a gestão sustentável em prática?
Para aplicar os pilares da gestão sustentável na construção civil, é preciso seguir alguns passos básicos. Entenda cada um deles:
Diagnosticar o estágio atual de sustentabilidade
Antes de implementar qualquer mudança, é importante entender onde a empresa e os projetos estão em relação aos pilares da sustentabilidade. Esse diagnóstico inicial permite identificar pontos fortes, fragilidades e oportunidades de melhoria em processos e na cultura organizacional.
Definir metas e indicadores de desempenho
Estabelecer metas claras e mensuráveis, além de definir indicadores de desempenho (KPIs), ajuda a orientar ações e avaliar o progresso de cada um dos quatro pilares da sustentabilidade.
Capacitar e incentivar as equipes
Do canteiro de obras à gestão administrativa, as práticas sustentáveis são mais facilmente incorporadas pelos colaboradores e aplicadas no dia a dia quando as equipes são treinadas e engajadas.
Selecionar fornecedores responsáveis
Avaliar fornecedores com base em responsabilidade socioambiental, condições de trabalho e ética empresarial é fundamental para escolher os parceiros mais comprometidos com a sustentabilidade e fortalecer a cadeia produtiva.
Monitorar resultados e comunicar avanços
Acompanhar indicadores ao longo do tempo permite ajustar rotas e reforçar boas práticas. Além disso, compartilhar resultados com transparência fortalece a credibilidade da empresa e reforça seu compromisso com a sustentabilidade.
Adotar os quatro pilares da gestão sustentável na construção civil é mais do que uma escolha estratégica, mas uma necessidade diante dos desafios ambientais, sociais, econômicos e de governança atuais.
Com ações práticas e alinhadas à sustentabilidade, as empresas do setor podem ganhar em competitividade enquanto reduzem seus impactos e constroem um futuro ambientalmente responsável junto à sociedade.
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