
Por que utilizar concreto protendido?
Tecnologia permite que projetos vençam grandes vãos para edifícios, pontes e viadutos
Em 1968, a Avenida Paulista viu inaugurar o seu Museu de Arte de São Paulo (MASP), com um vão livre de 74 m², então considerado o maior do mundo. A novidade fora viabilizada pelo emprego do concreto protendido que, associado a quatro pilares laterais, puderam sustentar 11 mil m² de área total construída. A mesma tecnologia passou a ser aplicada, desde então, na construção de pontes e viadutos com vãos de até 250 m. O uso do concreto armado limitaria tais extensões a, no máximo, 40 m.
“No concreto protendido, é aplicada força de compressão prévia (chamada protensão) nas regiões onde há acúmulo de tensões (tração). O uso é indicado para elementos estruturais de dimensão elevada que exigem esforços no sentido oposto à solicitação de carga, para evitar o comprometimento de peças”, explica o engenheiro Luiz de Brito Prado Vieira, coordenador técnico de projetos da Engemix, do grupo Votorantim Cimentos.
Após a montagem de fôrmas, cabos de aço denominados cordoalhas são posicionados de acordo com as especificações de projeto. No caso de estrutura pré-tracionada, a concretagem é realizada após a cordoalha ser tracionada. Há também estruturas pós-tracionadas, em que só depois da concretagem é que cabos de aço são esticados (protendidos), por meio de macacos hidráulicos.
Seguir alguns procedimentos de recebimento garante a qualidade dos blocos de concreto adquiridos