Obra da Nortis bate recorde brasileiro em

Módulo de elasticidade

O edifício Leopoldo 1201, realizado pela incorporadora, em São Paulo, atingiu 48 GPa e 90 MPa

O Leopoldo 1201, novo empreendimento da incorporadora Nortis, localizado em São Paulo, trouxe diversos desafios na concepção das suas estruturas e do seu acabamento tanto para a construtora quanto para os agentes envolvidos na construção. Com projeto do famoso escritório de arquitetura, Aflalo/Gasperini Arquitetos, um dos desafios primários foi a concepção de concreto aparente nas fachadas.


Com relação ao concreto aparente, o principal desafio é o acabamento na hora da desforma e o resultado final, porque em São Paulo a poluição é muito elevada e, com isso, o concreto tende a escurecer ao longo do tempo e ficar com um aspecto estético feio, principalmente, se ele for muito poroso.

Módulo de elasticidade

quando se concebe uma estrutura de concreto aparente é fundamental pensar nela ao longo do tempo e não só na estabilidade estrutural, mas também na durabilidade. Com base nisto é importante desenvolver o traço com a resistência e compacidade adequadas para que não tenha problemas ao longo do tempo”, aponta Fernando Holanda, consultor de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Votorantim Cimentos.

Além deste ponto, o edifício de alto padrão que conta com 22 unidades-tipo e uma unidade duplex, está localizado em um terreno bastante estreito, o que gerou dificuldade no momento de se projetar as vagas de garagem. Com espaço reduzido, era necessário reduzir também as dimensões dos pilares, tornando-os mais esbeltos e aumentando os espaços para a criação de vagas de garagem em 4 subsolos.

“A edificação está sendo construída em um terreno muito pequeno e as vagas do terreno, destinadas à garagem, são bem restritas”, conta Douglas Couto, engenheiro civil na PhD Engenharia, que está a frente da solução estrutural desta obra.

Se por um lado era preciso ter atenção com o concreto aparente, exigindo uma execução perfeita, por outro, era necessário obter um concreto que apresentasse características de desempenho superiores ao convencional. A solução encontrada foi a realização de um Concreto de Alto Desempenho (CAD) para conceber pilares mais esbeltos e viabilizar as vagas de garagem.

“O projetista concebeu os pilares com dimensões reduzidas com concreto de alta resistência nesses elementos estruturais”, relata Couto.

Concreto de Alto Desempenho: o desafio da formulação

Formular a dosagem do concreto, que exigia 90 MPa, foi um dos principais desafios de acordo com o representante da PhD Engenharia. Para se chegar ao índice necessário, a Concreto PhD junto com a Engemix e com a Nortis, iniciou um estudo bastante significativo e profundo. Responsável pelas formulações de traços, enquanto uma equipe desenhava essas necessidades, a Engemix atuava na busca de agregados que auxiliassem esse alcance.

Durante o período do estudo, aproximadamente três meses, foi realizado, inclusive, um protótipo do que seria uma laje dentro da usina da Engemix.

Essa fase de prototipação foi essencial para garantir que os bons resultados projetados se tornariam reais.

Foram desenvolvidos, no entanto, alguns traços diferentes para elementos da obra: “a resistência de projeto é de 35 a 40 MPa nas lajes. Nos trechos aparentes, estamos utilizando um concreto com resistência de 50 MPa para garantir a questão da durabilidade. Já para os pilares, o concreto chegou a 90 MPa”, ressalta Couto.

O aumento no módulo de resistência, consequentemente, foi responsável por aumentar também o módulo de elasticidade destes pilares. E, o que não foi preterido inicialmente, aconteceu de forma natural, pela necessidade que o projeto apresentou: o recorde do módulo de elasticidade brasileiro, superando 48 GPa.

Quer saber como este desafio foi enfrentado?

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