Blocos de concreto, pavers, telhas de concreto, cobogós. São vários os artefatos de concreto produzidos para o mercado da construção civil que compõem as obras, atualmente. “Artefatos de concreto são produtos cimentícios – produtos feitos com cimento, areia, água e aditivos – mas em tamanho reduzido e, geralmente, em equipamentos que fazem produtos em escala industrial”, explica Idário Fernandes, especialista no assunto e diretor administrativo na DoutorBloco.

 

Existem dois tipos de artefatos de concreto que podem ser considerados os mais importantes. Os vibroprensados são aqueles compactados e desformados de imediato, feitos com concreto seco. Há também o processo chamado de “dormido”, que mantém o concreto no molde da forma até o dia seguinte. “Nesse processo, a gente espera o concreto endurecer e depois o retira do molde”, afirma Fernandes.

 

No processo vibroprensado, os produtos mais comuns, são: bloco de concreto, pavers e telhas de concreto. Já no caso do processo dormido, pisos em placa de concreto e cobogós estão sendo muito realizados.

Cuidados na fabricação e controle

Para realização dos artefatos dormidos se utiliza concreto plástico. Nesse procedimento a maior preocupação é reduzir a água do concreto. “Reduzindo a relação água e cimento você tem uma resistência maior porque você tem uma saúde maior do concreto, têm menos vazios no seu concreto”, explica o especialista. Já no concreto vibroprensado ocorre o contrário. A preocupação é aumentar um pouco mais a água para que haja boas condições de adensamento e de compactação.

 

“No concreto plástico nós temos 2400 kgs por m³, aproximadamente. No concreto seco é muito difícil chegar a esse valor por conta dos vazios que resultam por conta da deficiência de compactação. Para o paver eu cito 2300 kgs por m³, que é uma excelente densidade e indica uma excelente compactação”, complementa Fernandes. Além disso, é importante considerar fatores como permeabilidade. O produto tem que ficar impermeável porque se ele for permeável, resulta que ele não terá a densidade adequada.

Controle de qualidade

Existem dois processos importantes de controle de qualidade dos artefatos. Na resistência à compressão, no caso do paver, é preciso seguir a NBR 9681:2013 – Peças de concreto para pavimentação — Especificação e métodos de ensaio. A norma padroniza a utilização de um disco de diâmetro com 85 mm para quê todos os tipos de pavers, independente de modelos, sejam rompidos com uma área fixa de 6.374 mm³.

 

Para o ensaio do paver é importante que a superfície seja retificada para que a carga seja distribuída uniformemente e que ele seja rompido saturado, que é a sua condição crítica. Além disso, é preciso manter o centro de carga do equipamento tem que estar no centro de carga da peça e seguir as especificações de velocidade de carga determinada pela norma.

 

Já no caso do bloco de concreto, existem duas categorias, que são os blocos de vedação e os blocos estruturais. O ensaio é idêntico ao do paver, porém o bloco estrutural possui a sua formatação mais espessa que a do bloco de vedação e a velocidade de aplicação de carga é diferente para cada tipo de bloco.

 

Além da resistência à compressão é preciso fazer o ensaio à absorção. “Um bloco que tenha uma absorção muito grande tende a expandir – por exemplo, em uma chuva ele pode expandir e empurrar os pilares e, depois, quando bater o sol, ele tende a encolher. Isso gera uma fissura por conta da expansão e da retração. Então, é importante que o bloco tenha uma absorção baixa”, explica Idário Fernandes.

Normas Técnicas

ABNT NBR 9781:2013 – Peças de concreto para pavimentação — Especificação e métodos de ensaio;
ABNT NBR 6136:2016 Versão Corrigida:2016 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos;
ABNT NBR 12118:2013 Versão Corrigida:2014 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Métodos de ensaio.

 

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