Publicado em 27/04/2016Valor do metro quadrado paulista fica estável em março
O CUB da construção paulista foi de +0,01% em março. O valor do metro quadrado subiu para R$ 1.145,84

Valor do metro quadrado paulista fica estável em março

De acordo com SindusCon-SP, tendência do valor do metro quadrado deve prevalecer pelos próximos 12 meses

Indicador essencial para o planejamento de uma obra, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção paulista permaneceu estável (+0,01%) em março. Considerando as obras incluídas na desoneração, o valor do metro quadrado subiu para R$ 1.145,84, com a mão de obra representando 59,7% do valor total. No caso de obras não incluídas na desoneração, o CUB ficou em R$ 1.232,86.

Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado sucede uma alta de 0,44% em janeiro e de 0,05% em fevereiro.

Na avaliação do vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a tendência de estabilidade do valor do metro quadrado deve permanecer até maio, mês que marca o dissídio anual da construção no Estado de São Paulo. “Podemos esperar uma relativa estabilidade nos preços dos materiais pelos próximos 12 meses, desconsiderando a sazonalidade do dissídio. A maior pressão continua a vir da mão de obra, mas o impacto do reajuste nos salários deve ser mais considerável apenas entre maio e junho”, observa Zaidan. Segundo ele, mudanças no cenário político não devem ter influência nessa rota ao longo de 2016.

 

Grafico

 

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, as sinalizações de que a atividade imobiliária continua em queda têm contribuído para essa estabilidade nos preços. “Aliado a isso, a pressão maior da inflação também deu uma arrefecida”, acrescenta. Segundo Castelo, a maior contribuição para manter o CUB estável vem de dois itens de maior peso dentro da composição do indicador: cimento e aço. “Nesse contexto, acho difícil imaginar pressão de preços no curto prazo”, afirmou.

Entre os insumos da construção que apresentaram os maiores reajustes no mês de março estão: fechadura (+1,16%), brita 2 (+0,91%) e areia média lavada (+0,77%). Os três apresentaram avanço acima do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que no período subiu 0,51%.

Histórico

No primeiro trimestre, o preço do metro quadrado da construção paulista acumula alta de 0,50%. O desempenho é semelhante ao informado no mesmo período do ano anterior (+0,52%). Em 12 meses, a alta do CUB está em 4,77%. O resultado segue bastante próximo do apurado no ano de 2015 (alta de 4,79%) e inferior ao registrado durante 2014, quando foi informado avanço de 6,25%.

Para Flavio Amary, novo presidente do Secovi-SP, retração no lançamento de imóveis pode elevar preços no futuro!

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