A porta é um elemento de grande importância em qualquer construção. Ela tem a função primordial de separar ambientes por meio da barreira física, e ainda tornar possível o acesso entre esses espaços. Podem ser feitas de diversos materiais e formatos, para atender questões técnicas, práticas  e estéticas. Escolher os tipos de portas perfeitos é essencial em todos os projetos.

Porém, escolher a porta ideal para o projeto demanda uma atenção especial, já que a beleza da porta não é o único ponto importante a se considerar. A arquiteta e paisagista, Clarissa Esperança Masaracchia, destaca que a decisão também vai depender de fatores como valor do investimento, da rotina do proprietário, do espaço de convívio e do ambiente de instalação. “Para portas de divisa com áreas externas, o importante é considerar sua resistência. Em uma cidade litorânea, por exemplo, o material mais resistente é o alumínio e o vidro”, explica.

Tipos de portas: da tradicional às mais elaboradas

Existem diversos modelos de portas e feitas de diferentes materiais, que se adequam a cada necessidade do projeto arquitetônico. Elas podem funcionar não só como acesso tradicional a outro ambiente, mas também como um elemento que transforma o ambiente.

• Tradicional

São os modelos mais comuns no mercado. Possuem apenas uma folha, que utilizam batente e dobradiça, o que demanda um espaço para instalação devido ao movimento de abertura. Tem um bom potencial para vedar o som.

• De correr

Essas portas podem correr à frente da parede, por dentro dela ou de algum móvel ou painel de marcenaria, por meio de trilhos. Elas podem ser abertas completamente, deixam vãos de acesso totalmente livres e ocupam pouco espaço.

• Pivotante

Esse modelo tem uma ferragem giratória, que pode ser lateralizada (porém, não na extremidade da porta) ou centralizada, o que dá várias possibilidades de aberturas entre os ambientes.

• Camarão

Também conhecida como porta articulada, é a opção ideal para ambientes com espaço mais limitado. Elas possuem mais de uma folha e dobram ao meio na abertura. Elas não comprometem a locomoção, mas não possuem grande potencial para vedar o som.        

• Sanfonada

Muito parecida com a camarão, a diferença desse modelo é que ela possui mais dobras economizando um pouco mais de espaço. Porém, a arquiteta e paisagista destaca que esse tipo de porta tende a ter uma resistência e durabilidade menor.

Dicas e materiais

As portas podem ser feitas de diversos tipos de materiais que vão da madeira ao aço. Por esse motivo é de extrema importância avaliar o ambiente e a situação que a porta será instalada. “Citando as de madeira, dentre as mais tradicionais no mercado. As portas encabeçadas, que são semi ocas, são usadas para separação de cômodos, por não terem uma resistência super alta quanto a intempéries. Para as portas que ficarão “no tempo”, as maciças são mais indicadas”, explica Masaracchia.

Os benefícios de um investimento maior, para conseguir mais espaço também é algo a se considerar na escolha da porta. O exemplo que a arquiteta apresenta é a comparação entre a porta de correr e a camarão. Se o vão da porta tem 80 cm, quando abrimos a porta de correr até o final podemos manter os 80 cm. Com a porta camarão, por dobrar ao meio, esse vão pode cair para 70 cm, por causa da folha que dobra. Tudo depende da finalidade e estética da porta naquele cômodo.

A arquiteta ainda alerta para o cuidado da instalação. Caso ela não seja feita corretamente, podem aparecer problemas como a porta não abrir facilmente, ou precisar daquele empurrão para que ela feche.

• Madeira

Material que permite diversos acabamentos e fáceis de encontrar no mercado. Demanda alguns cuidados de manutenção, principalmente as que ficam expostas a intempéries. Uma opção mais barata para as portas de madeiras são as feitas de MDF, porém são mais frágeis.

• Alumínio

Possuem maior durabilidade, não enferrujam e são leves. Podem ter uma maior variedade de cores, por permitirem pintura, mas o ambiente e modelo da porta devem ser considerados na hora de instalar.

• Vidro

Ajudam a manter uma iluminação natural, de fácil limpeza e atendem propostas arquitetônicas específicas. Precisa de uma atenção maior com a fragilidade do produto, a melhor opção são vidros temperados.

• PVC

São boas opções para ambientes que molham. Possuem uma fácil manutenção e limpeza. São materiais de baixa qualidade, por isso é importante avaliar se encaixa na estética do projeto.

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