Publicado em 10/02/2015Tipos de fôrmas para concreto

Tipos de fôrmas para concreto

Confira as principais tecnologias e materais disponíveis no mercado para moldar concreto

Há vários tipos de fôrmas para concreto, que variam conforme seu material. Segundo Claudinei Lima, da Mills, empresa ligada à Associação Brasileira das Empresas de Sistemas de Fôrmas e Escoramentos (Abrasfe), elas podem ser de madeira, aço, PVC, alumínio, papelão ou chapas fenólicas (resina).

Os fatores que determinam qual o tipo ideal de fôrma a ser utilizado em cada obra são: tipo de estrutura a construir, se as fôrmas devem ser geométricas, número necessário de reaproveitamentos para uma mesma fôrma, cronograma da obra, disponibilidade de equipamentos de transporte vertical ou horizontal, local da obra e espaço interno disponível no canteiro para armazená-las.

Fôrmas de madeira
Ainda são as mais utilizadas, por apresentarem melhor custo-benefício. Podem ser fabricadas no próprio canteiro, com madeira de reaproveitamento, e dimensionadas de acordo com cargas e pressão do concreto, o que varia a cada obra, atendendo às mais diversas formas geométricas para elementos estruturais. Apesar da vasta aplicação das fôrmas modulares metálicas, há casos em que a madeira ainda é indispensável.

Fôrmas metálicas
Cresce muito o uso das fôrmas modulares metálicas: “Este sistema é composto por painéis, elementos de ligação e outros acessórios (ancoragens, escoras de prumo, plataforma para trabalho, entre outros). Painéis são grades metálicas (de aço ou de alumínio) com chapa de contato embutida (de madeira compensada ou fenólica), conectados com grampos ou travas, permitindo a execução de vários tipos de estruturas – blocos de fundação, paredes, pilares, vigas”, descreve Lima.
Ele acredita que o aumento da aplicação desse sistema se justifica no fato de se adaptar a vários tipos de geometria, sem contar a possibilidade de locação das fôrmas.
Embora chamadas metálicas, apenas a estrutura das fôrmas é de aço. A superfície de contato com o concreto é feita de materiais como chapas compensadas de madeira ou fenólicas (resina). Além dos elementos estruturais gerais, como vigas e pilares, também atendem serviços de fundação e paredes de concreto.

Fôrmas de PVC
“O uso de chapas de PVC tem sido estudado há vários anos como alternativa à madeira compensada para chapa de contato, contudo, sua comercialização ainda é pequena”, afirma Lima. O chamado concreto-PVC conta com painéis ocos de duplo encaixe em PVC. Esses painéis são preenchidos com concreto e as fôrmas ficam incorporadas à construção, servindo de revestimento final.

Fôrmas de papelão
Tubos de papelão têm a finalidade de moldar pilares de seção circular. Em geral, permitem fazer pilares de 1 m de diâmetro e 8 m de comprimento, em etapa única. Não demandam mão de obra especializada e, após o endurecimento do concreto, possibilitam desforma rápida, sendo descartadas após o uso. “Mesmo as fôrmas para concreto mais tradicionais de madeira não são tão baratas para execução de pilares circulares; sua fabricação é mais trabalhosa”, analisa.
Ainda assim, é preciso avaliar cada caso, para saber se vale a pena o investimento: “Se você tem apenas um único pilar circular para executar, com certeza a fôrma de papelão será mais vantajosa no custo. Se tiver dez pilares, a de madeira será a mais econômica”, calcula. Se forem cem pilares, pode valer mais a pena encomendar a fabricação de fôrmas metálicas.

Fibra de vidro
E empresa Tecwall fornece fôrmas para concreto estruturadas em fibra de vidro com face de contato em ABS – um tipo de resina. De acordo com Dante Laurini Junior, proprietário da empresa, o sistema não tem peças soltas, o que torna a montagem simples e fácil, com equipe reduzida de operários. Com 20 kg/m², o sistema aceita qualquer tipo de concreto e pode ser reutilizado centenas de vezes. “A fibra de vidro tem resistência semelhante à do aço, com as vantagens de não enferrujar e ser muito mais leve”. Por isso, a montagem do sistema dispensa os tradicionais travamentos. Os próprios painéis são capazes de resistir à pressão do concreto durante o lançamento.

Foto: Tecwall/divulgação

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