Publicado em 19/11/2013Talento maduro: Gustavo Penna
Créditos: Ana Valadares/Divulgação

Talento maduro: Gustavo Penna

Para Penna, o Brasil já tem uma linguagem arquitetônica própria

O arquiteto mineiro Gustavo Penna se formou na Universidade Federal de Minas Gerais, em 1973, e carrega grandes obras em seu currículo, como as sedes das redes Bandeirantes e Globo de televisão, em Belo Horizonte (MG), e o Centro Tecnológico Rockwell Fumagalli, em Limeira (SP).

Penna foi, pela terceira vez, finalista do World Architecture Festival Award (WAF), premiação de grande evento da arquitetura mundial. Seu projeto Casa Braga, em Nova Lima (MG), representou o Brasil na categoria residencial Future Projects House, ao concorrer com outros cinco projetos de países como Turquia, Itália, Canadá e Arábia Saudita.

Mapa da Obra – Que rumos nossa arquitetura vem tomando, em sua opinião?
Gustavo Penna – A arquitetura brasileira demonstra maturidade. Isso não significa que temos uma corrente única, mas vivemos num momento em que várias linguagens arquitetônicas podem conviver tranquilamente, com liberdade. Essas linguagens estão sintonizadas com um Brasil contemporâneo, que não é mais deslumbrado com o que se faz lá fora, mas gerador de sua própria linguagem.

Além da nossa própria música, ou literatura, agora temos a nossa própria arquitetura, luminosidade, e volumetria – aquilo que eu sinto através do produto arquitetônico, e não só aquilo que vejo. Arquitetura é a somatória das impressões visuais; um conjunto de valores estéticos.

Mapa da Obra – O Brasil está mais presente no exterior hoje? Por que?
Gustavo Penna – Estamos presentes no mundo inteiro. É um país que surpreende. Isso faz com que pessoas voltem seus olhares para a energia do hemisfério sul – somos uma força. Um dos motivos é porque a arquitetura brasileira melhorou muito, amadureceu, não apenas do ponto de vista estético, mas também tecnicamente.

Mapa da Obra – O projeto Casa Braga está concorrendo ao WAF na categoria residencial. Como foi o desenvolvimento desse projeto?
Gustavo Penna – A Casa Braga comprova que arquitetura e estrutura são uma coisa única. A laje de cobertura é a estrutura, e ao mesmo tempo recurso plástico para fazer a dinâmica dos espaços internos. Ela liga frente aos fundos, através de jardins e área de serviço, e o apoio acontece nos bastidores. É uma casa mais integrada ao verde.

Mapa da Obra РQual ̩ o papel do concreto na Casa Braga?
Gustavo Penna – O concreto é a sua linguagem. Ele foi usado para compor a engenharia, estrutura e arquitetura do projeto. Não se sabe o que é estrutura e o que é arquitetura na Casa Braga – elas estão unidas.

Cimento obras básicas é indicado para pequenos reparos. Você já conhece o produto? 

Botão Site

 

Compartilhe esta matéria

Mais lidas

Veja também

X