Publicado em 05/02/2018Sapata corrida: uma fundação versátil e econômica
Baixo custo e versatilidade estão entre as vantagens da sapata corridaCréditos: Shutterstock

Sapata corrida: uma fundação versátil e econômica

Tipo de fundação pode ser feita em concreto simples ou armado, solocimento ou canaletas

As sapatas são elementos estruturais que se localizam na base da edificação, podendo ser abaixo do solo ou na sua superfície, tem como finalidade receber todos os esforços exercidos pela estrutura e dispersá-los no terreno.

Antes de decidir qual tipo de fundação qual material utilizar, é necessário uma sondagem no terreno a ser construído. Analisar o tipo de solo e sua resistência, é fundamental, pois este elemento estrutural deve ser construído de forma que suporte todas as cargas solicitadas e não sofra deformação e nem prejudique o solo que está apoiado.

Há quatro tipos de sapatas que podem ser utilizadas em uma obra: sapata isolada, sapata corrida, sapata associada e sapata com viga de equilíbrio. Neste post falaremos sobre a sapata corrida.

O que é sapata corrida?

Trata-se de um tipo de fundação contínua que recebe a carga das paredes e apoia-se diretamente sobre o terreno. Têm formato de viga e pode ser feita de concreto simples ou armado, solocimento e canaletas. Construída sobre uma camada de concreto magro, a sapata corrida com blocos de concreto tem dimensões que dependem do porte da obra.

Quais as vantagens?

As vantagens das sapatas como fundação são:

  • Baixo custo
  • Versatilidade
  • Rapidez de execução
  • Capacidade de construção sem peças e ferramentas especiais no canteiro.
  • Pode ser executada com pouca escavação e baixo consumo de concreto.

Passo a passo

É necessário ter conhecimento para realizar a sapata corrida em uma obra, porém, é importante saber como e quais materiais são  importantes para a sua realização.

1º passo

O passo inicial é abrir uma vala de 20 cm de largura além da espessura das paredes que serão construídas. A largura total da vala não deve ser inferior a 40 cm, nem deve ultrapassar um metro.

Se o terreno for inclinado, a vala deverá ser cortada em degraus, considerando uma linha imaginária de 10% de inclinação. Depois, é preciso amassar o fundo da vala, para que sua superfície fique compactada e uniformizada. Em seguida, piquetes são cravados ao longo de sua extensão – eles servirão de referência para que o lastro de concreto fique nivelado e uniforme. Na sequência, é jogada uma camada de 10 cm de brita no fundo da vala, que será bastante socada, até que penetre na terra.

Paralelamente, é montada a armadura, posicionando os estribos, que ficam amarrados em barras horizontais com arame recozido, no espaçamento determinado pelo projetista. As fôrmas da sapata também são preparadas, com tábuas, sarrafos e desmoldante.

2º passo

Depois de posicionar a armadura na vala, começa a concretagem, adensando bem o concreto com barra de aço após o lançamento de cada lata. Para eliminar bolhas de ar, utilize um vibrador e alise a superfície com uma colher de pedreiro. O procedimento de cura úmida do concreto segue por três dias. Para manter a umidade constante, é preciso molhar com água, sem encharcar, duas vezes ao dia, em média. Se o clima estiver muito quente e muito seco, pode ser necessário adicionar água outras vezes.

3º passo

Após 24 horas de realizada a concretagem, já é possível iniciar a execução da alvenaria de embasamento, assentando sobre a sapata os blocos de concreto, com argamassa de assentamento. Um nível ou mangueira transparente farão a checagem nos cantos. Após os três dias, as fôrmas são retiradas e executa-se uma cinta de amarração, na última fiada da alvenaria de embasamento, antes da parede da casa. Por fim, é preciso impermeabilizar o baldrame.

Inibidores de corrosão são adicionados durante o preparo do concreto e retardam o processo de deterioração das armaduras metálicas.

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