Publicado em 06/05/2014Saiba como garantir conforto acústico

Saiba como garantir conforto acústico

Conforto acústico envolve estruturas, paisagismo, e precisa ser pensado desde o projeto

Achar que conforto acústico é um luxo supérfluo virou coisa do passado. Na opinião do engenheiro e presidente da ProAcústica, Davi Akkerman, este importante aspecto residencial está diretamente relacionado às saúdes física e mental do usuário, e deve ser pensado desde o início do projeto, porque suas diretrizes terão impactos sobre estrutura, hidráulica, elétrica, ar condicionado e definirão até mesmo o paisagismo.

Fachadas e coberturas (alvenarias, janelas, portas, forros e telhados) são prioritárias, porque fazem o isolamento entre os meios interno e externo. “Qualquer material de construção pode ser aproveitado com fins acústicos; basta conhecer informações básicas sobre o desempenho de cada um deles em aplicações diversas”, explica.

Materiais fibrosos e porosos de absorção sonora, como lãs minerais de vidro ou de rocha, fibras minerais, espumas e lã de PET (plástico), são aplicados quando a fonte emissora de ruído e seu receptor (nossos ouvidos) estão confinados em um mesmo ambiente.

Neste caso, o uso dos absorventes serve para diminuir a reverberação do som, ou ecos.
Quando fonte e receptor estão em ambientes distintos, o conforto acústico é realizado separando-os com materiais densos, pesados – como são as alvenarias, o concreto, o gesso, alguns cimentícios e a madeira. “O nível de ruído máximo indicado para um ambiente vem sempre associado à distância entre emissor e receptor, portanto, depende do tipo de máquina que emite o ruído”, explica Akkerman.

A legislação trabalhista determina que operadores de máquinas barulhentas não podem ficar mais do que oito horas por dia expostos a níveis de ruído de até 85 decibéis (dBA) – aproximadamente o barulho de um liquidificador ligado. A 90 dBA, barulho semelhante ao do tráfego intenso de veículos em São Paulo, o homem não deveria se expor por mais de 4 horas por dia – e a cada 5dBA de aumento no nível de ruído, o tempo máximo de exposição cai pela metade.

A ABNT NBR 10.152, norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas, fixa valores máximos para níveis de ruído toleráveis em dormitórios (de 35 dBA a 45 dBA), salas de estar (de 40 dBA a 50 dBA) e de reunião (de 30 dBA a 40 dBA), escritórios (de 45 dBA a 65 dBA), entre outros. Basta conversar com um projetista para escolher os materiais que reduzirão ruídos existentes na sua casa, para níveis aquém do limite de conforto.

Falando em normas e valores, você sabia que a BlocoBrasil lançou um Manual de Desempenho da alvenaria com blocos de concreto? Confira o guia.

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