De acordo com pesquisa da Datastore divulgada em 2021, mais de 13 milhões de famílias brasileiras desejam comprar um terreno ou imóvel em até dois anos. Esse sonho da casa própria é uma realidade cultural e, com certeza, pode ser considerado uma das principais conquistas quando se constrói uma família. 

Quando olhamos para o cenário de preços, necessidades de financiamentos e taxas de juros, muitas vezes, a situação pode ser desanimadora. Isso porque existem algumas barreiras financeiras: burocracias para adquirir o financiamento junto às entidades bancárias; se o imóvel estiver localizado nas capitais, existe o alto custo, inclusive da entrada, etc. São muitas as dificuldades que podem aparecer quando alguém decide comprar seu primeiro imóvel. E, muitas vezes, quando falamos em capitais, fica ainda mais difícil para aqueles que desejam morar em casas encontrar o local ideal, tendo em vista que as cidades estão cada vez mais verticalizadas.

No entanto, muitas pessoas traçam um planejamento adequado para conseguir construir a própria residência, sem depender, necessariamente, de uma incorporadora, ou de adquirir o imóvel já pronto. A vantagem nesse tipo de situação é que, na maioria dos casos, a casa deve apresentar aspectos mais fiéis à vontade dos moradores. Nessas ocasiões, é o morador quem vai planejar o tamanho dos quartos, cozinha, sala, se terá varanda ou não, quantos banheiros, quintal e garagem etc. Esse tipo de personalização e a vontade de ter algo similar ao seu sonho são, muitas vezes, o objetivo de quem opta por não comprar uma casa ou apartamento, mas sim construir essa moradia em um terreno próprio

Como escolher o terreno?

A construção de casas não é tarefa fácil, e decidimos trazer um dos principais pontos iniciais dentro dessa realização: a escolha do terreno. 

Já no caso dos preços, é fundamental ter em mente a escolha de uma opção de terreno condizente com a sua realidade orçamentária. Ou seja, evitar fazer dívidas e escolher uma opção de terreno que possa ser quitada. Vale lembrar que os custos com o terreno são apenas os primeiros gastos que você terá numa construção de casas. Teremos custos com mão de obra e materiais também, por exemplo. Analisando a parte estratégica da sua decisão, é preciso considerar os pontos acima.

Avaliação de terreno

Avaliar a documentação do terreno e seu histórico de atividades é fundamental para garantir uma compra bem realizada. Por exemplo, existem terrenos que para atividades de indústrias químicas ou de postos de gasolina, o que pode ter gerado alguma contaminação no solo. É importante entender quais foram as atividades antes de comprar o terreno, principalmente porque, em alguns casos, o terreno não pode ser habitável ou necessita de uma remediação.

Ou seja, o preço do terreno pode até ser barato, mas o custo com a remediação que será necessária depois, certamente, será alto. Para auxiliar nessas avaliações, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou uma série de normas que envolvem a engenharia das avaliações. Com o título de Avaliação de Bens, a NBR 14653 foi dividida em 7 partes e fixa as diretrizes dos bens avaliados, trazendo as informações a seguir:

a) Classificação da sua natureza; 

b) Instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas; 

c) Descrição das atividades básicas; 

d) Definição da metodologia básica; 

e) Especificação das avaliações; 

f) Requisitos básicos de laudos e pareceres técnicos de avaliação.

Após a avaliação de todos os pontos citados, é importante ter a certeza de que aquele local é o que atende às suas expectativas e da sua família. Isso porque a expectativa de quem constrói sua própria casa é, muitas vezes, morar ali por longos anos.

Então, além de tomar essa decisão baseada no planejamento e na análise, é preciso ter certeza de que ela é a decisão de todos que estarão com você nessa importante etapa. Vale destacar que a presença e a orientação de um responsável técnico antes da escolha definitiva do terreno é fundamental para evitar erros.

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