Publicado em 03/02/2015Orçamento de serviços para assentamento cerâmico

Orçamento de serviços para assentamento cerâmico

Inclua custos de materiais e da mão de obra ao orçar a colocação de peças cerâmicas

Cliente bom é cliente satisfeito, e para alcançar este propósito é importante dar a ele uma estimativa correta e justa dos possíveis custos da obra – e isso não é sinônimo de preço baixo! O orçamento de serviços deve ser preciso e informar, separadamente, a quantidade exata dos materiais necessários e o valor cobrado pela execução dos trabalhos. Nenhum cliente gosta de obras que não terminam nunca, em que, a cada dia, é preciso gastar mais um pouco, com um item novo não previsto desde o início.

Quando o caso é de assentamento cerâmico, a história não é outra. Segundo o técnico de ensino do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) Marco Antônio Araújo de Sousa, a estimativa de custos deve mencionar insumos, ferramentas e o tempo necessário para fazer os serviços. “Deslocamento e alimentação dos profissionais, encargos sociais, direitos trabalhistas e a margem de lucro também precisam estar incluídos”, complementa.

Antes de elaborar o orçamento, contudo, é preciso visitar o cliente, no local da obra. “Nada de informar valores por telefone, sem ter medido a área a ser reformada e identificado os pontos que poderão interferir no resultado final do trabalho.”

Orçamento de serviços para revestimentos cerâmicos

No assentamento de revestimentos cerâmicos, por exemplo, é preciso checar a metragem e a existência de elementos que possam exigir recortes: “Ralos, batentes de portas e móveis embutidos pedem mais placas e aumentam os custos”, orienta Araújo.
Faça primeiro um desenho da área (em metros quadrados) a receber as placas cerâmicas, e comece a quantificar materiais na seguinte ordem: revestimentos, argamassas colante e de rejuntamento, e por fim mão de obra.

A quantidade de placas depende das dimensões e formato do produto escolhido pelo cliente. Consulte uma loja de materiais de construção, se necessário, para verificar o número de peças para a área medida. Ainda neste cálculo, considere uma margem de sobra de 10% a 15% do volume total de peças calculado, para repor eventuais quebras ou defeitos.

Se o cliente não tiver escolhido ainda a marca e o modelo do revestimento, o orçamento será feito com base num preço médio de cerâmica. Basta descrever, na estimativa, o custo médio por metro quadrado (por exemplo, R$ 20). A descrição ajuda o cliente a entender que, se escolher uma cerâmica mais cara do que o estimado, o orçamento deverá ser revisto.

Já o rendimento de cada insumo, como argamassas, terá de ser checado junto ao fabricante, ou na embalagem dos produtos. As médias de mercado são: para peças cerâmicas de até 20 cm x 20 cm (400 cm2), são consumidos 4,5 kg de argamassa colante por metro quadrado. Se as peças têm entre 20 cm x 20 cm e 30 cm x 30 cm (entre 400 cm2 e 900 cm2), a quantidade é de seis quilos por metro quadrado de área.

No caso de peças com mais de 30 cm x 30 cm, é indicado comprar nove quilos de argamassa colante por metro quadrado de área.
Por fim, para os custos da mão de obra, a dica é considerar o valor global da empreitada – e não apenas os dias trabalhados. Isso incentiva o profissional a ter um maior controle sobre seus gastos, e a apresentar, desde o início, um orçamento de serviços mais justo e redondo. Para fazer o cálculo da quantidade de rejunte a comprar, também em função da dimensão de peças cerâmicas, consulte tabela.

Foto: Marcelo Scandaroli

Fôrmas de concretagem são utilizadas para executar elementos estruturais como vigas, pilares e paredes de concreto

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