Mineirão renovado
Construção dos anos 1960 é revitalizada e mantém estrutura original de concreto
O Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão de Belo Horizonte, é considerado obra histórica do modernismo brasileiro, com imensa estrutura tombada em concreto armado – patrimônio histórico e cultural do Brasil. Inaugurado em 1965 para ser o segundo maior estádio do mundo, e com projeto arquitetônico original de Eduardo Mendes Guimarães e Gaspar Garreto, o estádio está inserido no contexto da Lagoa da Pampulha, rodeado por obras de Oscar Niemeyer.
O chamado “Gigante da Pampulha” acaba de passar por dois anos de obras de revitalização conduzida pelo consórcio Minas Arena, que convidou os arquitetos Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi, da BCMF, para o projeto. Da estrutura original foi mantida sua “casca”.
A fachada tombada exibe 88 pórticos, cobertura de concreto e uma arquibancada superior. O miolo restante foi modernizado, com novos espaços internos, a reconstrução dos anéis inferior e intermediário, o rebaixamento do gramado e a extensão de uma nova cobertura, para 62.160 espectadores.
Segundo Campos, a recuperação da superfície da estrutura procurou valorizar a nobreza rústica do concreto aparente, reforçando aspectos tectônicos e estéticos, para manter a personalidade modernista do Mineirão. “Por ser edifício antigo, muitas coisas não estavam registradas, e só foram descobertas durante a obra – como algumas fundações originais, por vezes em nível bem acima do esperado; ou a série de contenções e reforços não previstos que tiveram de ser feitos para sustentar novas intervenções subterrâneas”, disse.
O primeiro passo foi aliviar tensões através da protensão de vigas, com o uso de macacos-hidráulicos e cabos de aço. A estrutura, que havia cedido em 30 cm com o passar dos anos, foi suspensa ao seu nível original durante as execuções.
Pilares foram reforçados com sistemas de contraventamento integrados por chapas metálicas e tirantes de aço. Foram também inseridas, uma a uma, treliças planas compostas por tubos de aço, engastadas a peças de concreto moldadas junto a cada um dos pórticos estruturais.
Finalmente, o conjunto de concreto aparente recebeu membrana autolimpante.“Foi um a honra ter a oportunidade única de trabalhar nesta requalificação arquitetônica e urbanística. O Mineirão é um ícone não só do esporte, mas também da arquitetura brasileira”, comenta Campos.
Com baixa permeabilidade, solução impede a entrada de agentes agressivos nocivos ao concreto e ao aço estrutural
- O Estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido como Mineirão, é considerado obra histórica do modernismo brasileiro - Foto: Divulgação
- O Estádio do Mineirão está inserido no contexto da Lagoa da Pampulha, rodeado por obras do arquiteto Oscar Niemeyer - Foto: Divulgação
- A estrutura do Estádio do Mineirão é tombada, e de concreto armado - Foto: Divulgação
- O gramado do Estádio do Mineirão foi rebaixado e sua extensão recebeu nova cobertura. O monumento comporta hoje 62.160 espectadores - Foto: Divulgação
- Da estrutura original do Estádio do Mineirão foi mantida apenas a casca - Foto: Divulgação
- A fachada tombada do Estádio do Mineirão exibe 88 pórticos, cobertura de concreto e uma arquibancada superior - Foto: Divulgação
- O projeto arquitetônico original do Estádio do Mineirão é de Eduardo Mendes Guimarães e Gaspar Garreto - Foto: Divulgação
- O novo projeto para o Estádio do Mineirão foi conduzido pelo consórcio Minas Arena, que convidou os arquitetos Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi, da BCMF - Foto: Divulgação
- Segundo o arquiteto responsável, no Mineirão, a recuperação da superfície da estrutura procurou valorizar a nobreza rústica do concreto aparente - Foto: Divulgação
- O Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, foi inaugurado em 1965 - Foto: Divulgação
- O Mineirão é patrimônio histórico e cultural do Brasil- Foto: Divulgação
- Chamado Gigante da Pampulha, o Mineirão passou por dois anos de obras revitalização - Foto: Divulgação
- O miolo do Mineirão foi modernizado com novos espaços internos, e a reconstrução de seus anéis inferior e intermediário- Foto: Divulgação
- Vista do estádio Mineirão antes e depois da revitalização, em Belo Horizonte - Foto: Divulgação