Publicado em 06/01/2015Lajes treliçadas

Lajes treliçadas

Indicadas para obras de pequeno porte, elas são ótima opção para quem precisa economizar

Lajes treliçadas são indicadas em qualquer obra, mas muito empregadas em construções habitacionais e comerciais de pequeno porte. Esse sistema construtivo é formado por vigotas de concreto armado, ou apenas aço, e recebe lajotas cerâmicas, de concreto ou de EPS (isopor).

De acordo com o presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento (Sinaprocim), Roberto Petrini, as treliçadas são boa opção frente às estruturas moldadas em loco, maciças ou nervuradas, tenham elas fôrmas incorporadas ou não.
Também batem as protendidas e os sistemas steel deck. “A treliçada consegue competir técnica e economicamente com todos os tipos de lajes onde os vãos têm, no máximo, 12 m”, compara.

Além de mais econômicas – requerem menor quantidade de fôrmas e menos escoramentos-, lajes treliçadas são opção estrutural mais flexível, porque possibilitam formas curvas ou recortadas, ou de geometria irregular.

Desvendando a estrutura das lajes trelicadas

A laje treliçada tem três tipos de elementos estruturais em sua composição. A vigota pré-fabricada (minipainel ou painel) é feita de concreto armado e dimensionada por um profissional habilitado (engenheiro) para resistir às cargas previstas em projeto, e atender às normas ABNT NBR 6.118/2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento e ABNT NBR 9.062/2006 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado, ambas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Uma armadura positiva é composta por fios ou barras de aço que resistem aos esforços de elementos estruturais de concreto armado. Posicionados próximo à face inferior da laje, eles são colocados dentro das vigotas.

A armadura negativa, ao contrário, é colocada na capa próxima à face superior da laje, sobre os apoios.

Enchendo a laje

Montadas as estruturas, é hora de encher a laje com blocos cerâmicos, de concreto ou de EPS. Os cerâmicos são mais usados, porque mais baratos. Aos poucos, porém, o EPS vem se tornando a melhor opção.

“O isopor é mais leve e proporciona melhor isolamento termoacústico”, justifica a coordenadora de atividades técnicas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), Vânia Caneschi. Elementos em EPS têm comprimento maior (1,2m, em média) e são facilmente transportados pelo canteiro, o que aumenta a produtividade dos trabalhos.

Segundo Petrini, a norma ABNT NBR 14.859/2002 – Laje pré-fabricada – Requisitos exige altura mínima de 70 mm para elementos de enchimento e fôrma. Uma altura inferior ocasionaria maior consumo de concreto e o aumento do peso da laje, reduzindo seu desempenho.

Tudo bem recortado

Preenchida a laje com os blocos, todas as aberturas, furos e cortes da estrutura devem ser feitos antes da concretagem acontecer.
Instalações elétricas e hidráulicas, horizontais e verticais, devem passar por elementos de enchimento – e não pelas nervuras, para não prejudicar a resistência do concreto.

No caso do EPS, é possível recortar ou aquecer com ferramenta específica, para abrigar as instalações. Se os blocos forem cerâmicos, elementos complementares de plástico (caixas de passagem) serão os mais indicados.

Foto: Lajes Potência/ Divulgação

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