Publicado em 21/09/2015Imóveis usados em alta

Imóveis usados em alta

A unica coisa que ainda aumenta é o volume de imóveis usados vendidos e locados

O primeiro semestre do ano foi positivo no segmento de vendas e locação de imóveis usados no Estado de São Paulo. Dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado (Crecisp) indicam que, após fechar 2014 com recuo acumulado de 16,4%, as vendas de imóveis usados cresceram 3,7% em janeiro, em comparação a dezembro do ano passado. Nesse mesmo período, a locação de casas e apartamentos aumentou 29,69%.
Para Odair Senra, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a explosão do mercado imobiliário de lançamentos nos últimos anos atraiu muitos investidores de bolsa que não tinham experiência com o setor. “Isso criou alguma confusão, pois nosso negócio é de longo prazo, e o mercado de ações exige retorno imediato”, avalia.
Por outro lado, a intensa produção de imóveis gerou distorções, jogando no mercado produtos de baixa qualidade. “O setor sofreu com a especulação porque, a princípio, os preços subiam muito. Ninguém pensava no imóvel – só no investimento”, pondera.
Imóveis de qualidade e bem localizados, no entanto, não ficaram desocupados. Mais que isso, o que o mercado de vendas e locação revelou é que bons produtos não registraram queda nos seus valores de negociação.
Para Senra, o momento é de corrigir distorções: “Um bom imóvel é comprado para moradia, ocupação ou locação; quem vai usar não pensa tanto se o valor subiu ou não nos últimos anos. Esse é o verdadeiro consumidor da construção civil”, pontua.
Tais dados justificam também por que tantos imóveis novos encalharam, enquanto os usados continuaram girando no começo do ano. Onde há déficit habitacional, e, portanto, demanda por moradia, produtos de qualidade continuavam sendo comprados e vendidos. Isso acabava, por fim, valorizando mais os imóveis usados – na contramão do que acontecia no mercado.
É uma ótima hora para comprar”, assegura o executivo do SindusCon-SP, já que o novo Plano Diretor da cidade de São Paulo vai influenciar severamente no valor dos terrenos, levando à necessidade de adaptação dos preços – e para cima!
Mesmo que, com a nova lei, os usados passem a ter uma valorização mais lenta, a busca pela qualidade deve abrir mais uma vantagem comparativa para este nicho do setor. “O momento é de separar o joio do trigo, para aproveitar boas oportunidades de negócios; não há motivo para alarme com as disparidades”, opina.

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