Manter uma loja de materiais de construção em funcionamento, principalmente, em tempos de pandemia, não é tarefa fácil. São muitos desafios enfrentados no último ano entre os gestores do setor do varejo de materiais de construção. Mas, entre as formas de auxiliar na gestão de loja eficiente está a elaboração de métodos para manter uma agenda para organizar as atividades do dia a dia e considerar a pesquisa por novos produtos e tendências nela e também desenhar processos de metas para a equipe com premiações como forma de manter o funcionário motivado.

De acordo com Ricardo Adachi, diretor do Sincomavi-SP e da Rede de Lojas Conibasi, falando sobre o primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas aumentaram e ele acredita que devido a dois fatores: o primeiro foi que a quarentena deste ano não foi tão rígida quanto a do ano passado, então, isso permitiu e fez com que as lojas tivessem mais dias abertos e os clientes não sentissem tanto receio de sair para fazer as suas compras. Em cima desse ponto, o que está claro para o lojista é que no ano passado as pessoas tinham muita incerteza de tudo, pois o futuro não estava claro. “Esse ano a gente já tem um melhor direcionamento e já sabemos como se comportar mediante ao fechamento do comércio, tanto o cliente quanto o lojista, então, as coisas ficaram mais fáceis e com menos incertezas”, aponta. Outra coisa importante é que a procura das pessoas por novas formas de morar devido ao home office, fez com que as vendas continuassem boas.

Ferramentas e novas tecnologias para a loja de materiais

Com relação às ferramentas e novas tecnologias, o lojista ressalta que continua usando as que já eram utilizadas há algum tempo. “Cada vendedor tem o seu celular corporativo para realizar as vendas e todos os vendedores têm o acesso ao caixa para evitar que os clientes precisem ser atendidos por mais de uma pessoa, otimizando assim o processo”, conta.  Além disso, outra coisa que auxilia também na gestão de loja é a utilização da inteligência artificial via chatbot onde algumas dúvidas já são respondidas automaticamente, agilizando esse atendimento ao consumidor. A loja de Adachi conta também com o auxílio dos coletores que ajudam na retirada de material. Essa parte da tecnologia auxilia muito na otimização do atendimento ao cliente. Adachi ressalta ainda que outro ponto de atenção é o controle de estoque, pois muitos clientes estão se importando mais com a disponibilidade de produtos do que com o preço. “Se você tem disponibilidade de produtos você ganha o cliente mesmo não tendo o preço mais barato”, alerta. “Então, é fundamental ficar de olho no mercado e sempre atento para aproveitar as oportunidades que surgirem”, complementa.

Previsões para o varejo de materiais no próximo semestre

Ainda de acordo com o lojista, sobre o segundo semestre, a tendência é que o mercado continue aquecido, até por conta da demanda reprimida no mercado da construção, hoje existe uma demanda maior do que a oferta. “Quando converso com alguns corretores de imóveis, tem pessoas em lista de espera para alugar casas fora de São Paulo e até mesmo em São Paulo não se acha”, aponta. Além disso, existem muitas pessoas buscando casas para morar quando antes moravam em prédios. Logo, pode-se entender que aconteceu uma mudança de hábitos muito grande nesse período, onde as pessoas se habituaram a trabalhar e a ter o seu lazer dentro de casa. Houve muito aprendizado também, algumas pessoas aprenderam a plantar, outras a cozinhar e outras a pintar, isso virou um hobbie, mas ao mesmo tempo uma obrigação. “Essa mudança de hábito veio para ficar e isso faz com que o mercado de construção tenha uma demanda alta por imóveis para as pessoas se mudarem”, destaca. Adachi acredita que esse segundo semestre merece dois pontos de atenção: primeiramente com relação ao custo dos materiais de construção que tem uma tendência a aumentar, enquanto outros têm a tendência a diminuir o preço. “Logo, é preciso estar sempre atento para conseguir melhores oportunidades a fim de conseguir um bom preço para o consumidor”, finaliza.

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